CAPÍTULO I

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A música alta ecoava por todos os cômodos da boate, até mesmo nos fundos onde ficava os quartos dos clientes. Era sexta-feira e a Kujira ficava lotada, clientes entravam a todo segundo e só hoje tínhamos vinte e cinco aniversariantes, amigos, familiares, colegas de trabalho. Outros vinham pela diversão que as meninas podem proporcionar, tanto no palco quanto no quarto. A boate tinha três andares, área vip, área particular, pista, salas de conversa e nos fundos os quartos, o camarim das garotas, e dois escritórios. A Kujira era apenas uma das boates que pertenciam o Bonten, mas sem dúvida era a mais frequentada.

- Seu gin tónica senhora - o bartender empurrou a taça sobre o balcão em minha direção.

- Obrigada.

Peguei a taça que estava perfeitamente decorada com uma rodela de limão e outra de laranja no fundo junto com vários cubos de gelo e duas folhas de menta no topo. Eu não bebia muito quando estava trabalhando, mas apenas ficar assistindo os clientes beberem é chato e acaba me estressando. Me virei para o palco apreciando meu drink, outra dançarina subiu ao palco e pela sua roupa eu sabia que era uma stripper e isso fez com que os homens da boate gritassem como cachorros no cio. A parte boa é que quanto mais gritam, mais dinheiro eles jogam, esse dinheiro é colido e depois damos vinte por cento para a garota que o ganhou.

Notei que Mikey e Sanzu estavam em umas das salas privadas do segundo andar assistindo ao show e estavam acompanhados de duas de nossas melhores garotas e Sanzu tinha uma delas sentada em seu colo beijando seu pescoço. Eles pareciam está conversando sobre alguma coisa, mas seus olhos eram fixos na dançarina, algumas vezes eles se encaravam demonstrando atenção no que debatiam. Sanzu chegou a notar minha presença enquanto eu os encarava, ergui minha taça em sua direção e ele fez o mesmo em cumprimento fazendo Mikey me olhar por um instante demonstrando um pequeno sorriso que me surpreendeu. O resto dos membros não pareciam está com eles. Talvez em outro lugar da boate ou em uma missão.

- Se está procurando pelo Kokonoi, ele não está. Parece que ele foi para casa depois que o Mikey nos dispensou.

Olhei para o lado vendo Rindou com um copo de whisky em uma das mãos enquanto tinha a outra dentro do bolso da calça.

- Você não estaria em missão hoje?

- Pedi para o Ran cuidar disso, eu não estava com saco para lidar com assuntos diplomáticos. Prefiro isso aqui, é mais a minha cara.

- A sua cara é está no meio das pernas das meninas - afirmei erguendo uma sobrancelha e bebendo da minha taça.

- Falando nisso, quando chega a mercadoria nova?

- Koko já transferiu o dinheiro então deve chegar amanhã de tarde. Ele iria comigo pegar, mas vai está ocupado.

- Eu vou com você, quero ser o primeiro a ver dessa vez.

- Você vai gostar - sorri virando para o palco. - Separei as melhores, tou até com ciúmes de algumas.

- Não duvido. Você nunca erra nas suas seleções.

Sorri convencida sem olhar para ele. Sem dúvidas, eu era muito melhor do que eles nesse quesito. Fiquei conversando com o Haitani mais novo no bar, bebemos alguns drinks e comemos alguns aperitivos. Algumas das garotas até se juntaram a nossa conversa, mas logo iam embora para o quarto com algum cliente e alguns eram até mesmo outra mulher. Ran chegou na boate as duas da manhã e sua cara não era as das melhores, ele parecia bastante estressado, mas assim que bebeu o primeiro copo de whisky ele pareceu relaxar e até foi para o quarto com uma das meninas.

Eu estava bêbada e cansada, Rindou ficaria até amanhecer hoje já eu, estava chamando um táxi para voltar para casa. Após vinte minutos eu já estava pegando o elevador do apartamento em que morava, subi até a cobertura e com apenas a digital destravei a porta. As luzes da sala estavam apagadas, a janela do chão ao teto dava uma vista linda dos prédios iluminados ao longe. Deixei minha bolsa sobre o sofá cinza de sete lugares e tirei o salto sentindo como se pisasse nas nuvens quando meus pés tocaram o chão frio de porcelana. Caminhei com cuidado até as escadas me segurando com força no corrimão por causa do efeito do álcool. Com o tempo você até acostuma com esse efeito, mas o cuidado permanece.

A porta do quarto estava entreaberta deixando escapar o ar frio do ar-condicionado, entrei vendo Kokonoi deitado do seu lado esquerdo da cama. Caminhei em passos lentos em direção ao banheiro na intensão de não acorda-lo, mas ele se virou na minha direção e parecia irritado.

- Desculpa, não quis te acordar.

- Não estava dormindo.

- Por que não foi a boate hoje?

- Coisas a resolver e eu soube que hoje teria aniversariantes então resolvi vim para casa logo. Odeio bêbados.

- Realmente está bastante animado hoje. Eu vou tomar um banho para me deitar.

Quando me virei ouvi os passos de Kokonoi se aproximando e quando me virei fui surpreendida por um beijo. Suas mãos levantaram minha saia até a cintura e me impulsionou fazendo eu entrelaçar minhas pernas envolta da sua cintura nua. Ele me levou até a cama me deitando sobre os lençóis. Suas mãos apertavam minha cintura enquanto sua língua se entrelaçava com a minha em um beijo fervoroso. Agarrei seus cabelos impedindo que ele se afastasse, não o queria longe. Não agora. Uma de suas mãos desceu até minha calcinha passando os dedos pelo meu clitóris me fazendo gemer entre o beijo.

- Sempre pronta para mim, não é?

- E para quem mais estaria?

Ele tirou minha blusa revelando o sutiã rosa de renda que cobria meus seios, mas logo Kokonoi os tirou de dentro do sutiã abocanhando um deles me fazendo jogar a cabeça para trás. Sua mão desceu pela minha barriga até a calcinha a colocando para o lado começando a brincar com meu clitóris. Agarrei os lençóis da cama quando ele introduziu um dedo começando com movimentos de vai e vem. Kokonoi foi e continuava sendo o primeiro homem com quem eu estive, eu o amava com todas as minhas forças e era capaz de tudo por ele, por isso entrei para a Bonten. Para ficar ao seu lado e fazer parte de cada momento da sua vida.

Kokonoi largou meu seio e distribuiu beijos pela minha barriga até chegar na minha coxa onde começou a mordiscar fazendo com que o meu prazer aumentasse. Senti sua língua quente lamber minha buceta me provocando um arrepio avassalador. Gemi quando ele começou a me chupar. Eu adorava nossas preliminares, adorava tê-lo no meio das minhas pernas me chupando. Todo meu corpo estava arrepiado, minha respiração começando a ofega e meu coração estava acelerado. O prazer percorria todo meu corpo causando pequenas descargas elétricas.

Levei uma das mãos até os cabelos de Kokonoi e a outra até meu seio o massageando. Soltei um gemido alto quando ele enfiou dois dedos sem parar de me chupar, minhas pernas já estavam começando a se contorcer por causa do meu orgasmos que se formava. Kokonoi colocou sua língua dentro de mim fazendo com que eu chamasse seu nome. Ele acelerou seus movimentos fazendo eu chegar ao meu clímax. Minhas pernas amoleceram sobre a cama e eu tentava recuperar o fôlego. Ele se aproximou me beijando me fazendo sentir o gosto do meu orgasmo. Pressionei meus dedos contra suas costas as arranhando levemente.

- Você é minha Ume - disse em um sussurro separando nossos lábios. - Você é somente minha.

- E sempre serei.

Agarrei seu pescoço o trazendo para um beijo feroz cheio de desejo e perversidade. Eu queria mais. Queria senti-lo dentro de mim. Queria que ele dominasse meu corpo essa noite. Queria dar prazer a ele. Ser dele. Apenas dele.

A Imperatriz Da BotenOnde histórias criam vida. Descubra agora