CAPÍTULO VI

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Segui os rapazes até o bar da boate que estava lotada, Kokonoi me escoltou enquanto andávamos em direção as escadas que levavam até o segundo andar entrando em uma das salas que estavam vazia. Sentir o ferimento arder quando me sentei no sofá, era difícil até respirar sem sentir dor, nem mesmo ficar relaxada no sofá eu podia pós doía demais. Vi o Ran apertando o botão de serviço que ficava ao lado da porta junto a um tablet onde ele poderia enviar o pedido diretamente ao bar, Mikey havia pedido a ele para que chamasse Yari caso ela estivesse na boate.

— A missão da Ume vai ser adiada, imagino — Ran perguntou enquanto caminhava até a parede de vidro olhando a pista.

— Que missão? Eu não estou ciente de nenhuma.

— Como Yari foi tão bem na Sel, acho que vou manda-la nessa missão com o Wakasa — Mikey falou enquanto me olhava.

— Pensei que ele estivesse nas Filipinas.

— O avião dele vai pousar durante a madrugada. A missão é simples, sem muita preocupação, mas como você e o Rindou foram pegos de surpresa, não podemos desconsidera um ataque a essa também.

— Ainda quero entender como eles sabiam que vocês estavam lá, e você em Sanzu, foi fazer o que no Porto? — Kakucho questionou o rosado que pareceu se irritar com a acusação.

— Eu mandei mensagem para ele, Sanzu iria levar as garotas numa van até a Sel. Estávamos a caminho de Roppongi quando enviei a mensagem.

— Acha que eu faria algo contra meus companheiros? Me acusa de traição Kakucho?

— Você ultrapassar de vez enquanto. Hoje na Sel foi uma dessas vezes.

O rosado e o moreno estavam se encarando seriamente prestes a socarem a cara um do outro. Todos estávamos para poucos amigos, uma emboscada não era algo comum de enfrentarmos e caso perdêssemos a mercadoria seria uma grande perda de dinheiro. A porta foi aberta chamando nossa atenção revelando primeiro os cabelos escuros de Yari que carregava uma bandeja onde estava os nossos pedido. Notei que ela estava com o canto da boca cortado e rapidamente me levantei indo até ela ignorando a dor que me atingiu.

— O que aconteceu? Alguma daquelas garotas te bateu?

— Eu tou bem Ume, não se preocupa.

— Qual delas fez isso?

— Não foi nenhuma das garotas — Yari segurou minhas mãos demonstrando um sorriso calmo. — E pelo que eu sei, é você que estar machucada então se senta.

A morena me ajudou a voltar para o sofá e meus olhos seguiram em direção ao Sanzu e em seus machucados e depois olhei para o Mikey lembrando que ele parecia muito furioso com Sanzu enquanto estávamos no quarto. Afastei Yari seguindo rapidamente até o Sanzu puxando sua camisa fazendo-o se virá para mim e logo acertando um tapa em seu rosto, o mesmo me encarou confuso, mas logo seu rosto tomou um semblante frio.

— Você perdeu a noção garota?

— Encosta nela de novo que eu arranco suas mãos.

— Eu não tenho medo das suas ameaças.

— Não me importo se você tem medo ou não, eu só estou te avisando. Se você encosta na Yari de novo, eu arranco suas mãos.

— Ele não vai — Mikey falou friamente. — Dessa vez eu o mato antes mesmo dele pensar em tocar nela.

— Agora que deu uma de matriarca se senta, antes que os pontos se abram e à Amy tenha que dar uma de médica de novo.

Fiz o que o Rindou disse e me sentei outra vez no sofá pegando a única taça de gin tónica que Yari havia trazido, tomei um gole grande enquanto encarava o Sanzu que tinha seus olhos presos outra vez no palco. Os rapazes começaram a conversar sobre alguma coisa da qual eu não liguei muito, minha mente estava perdida no momento do tiroteio, não foi a primeira vez que participei de algo perigoso assim, mas foi a primeira vez que acabei sendo baleada e isso faz com que você pare para pensar em muita coisa. Quando entro em uma missão com alta probabilidade de tiroteio eu uso colete assim como os rapazes, mas eu nunca pensei que eu poderia me feri dessa vez, afinal essa era a missão mais fácil que eu tinha que fazer.

A Imperatriz Da BotenOnde histórias criam vida. Descubra agora