Olhe sempre para o lado Bom da vida (One Piece)

Capítulo 4

"Faça de novo, faça de novo, faça de novo!!" Luffy gritou quando a mão desapareceu no telhado do bar novamente.

Talvez fosse a 15ª vez, mas Usopp ainda estava fascinado pelo robô também. Foi simplesmente... muito legal. Incrível. Especialmente o reconhecimento de voz. E o fato de ter derramado uma bebida apenas uma vez até agora.

O bar estava cheio de gente barulhenta, a maioria dos quais Usopp já conhecia pelo menos de cara. Uma velha feia se afogando em um drinque após o outro, sentada no bar e batendo com a mão nas costas de um homem mais jovem bem vestido com muita força. O homem estava rindo com ela, no entanto. Kokoro e... Usopp não conseguia lembrar o nome do homem. Dois homens grandes e fortes que provavelmente trabalhavam na fábrica próxima porque um deles, Paulie, ainda usava um macacão azul. Usopp não conhecia os outros. O grupo de caras durões do ferro-velho. Duas garotas com os cortes de cabelo mais estranhos. Mozu e Kiwi. Às vezes elas ajudavam no bar se havia muitos clientes, mas agora elas estavam concentradas em beber e dançar. Ao mesmo tempo. Derramando bebidas em si mesmas. Usopp olhou em volta e ninguém parecia se importar.

Ele tomou um gole da cerveja em sua mão. Eles eram menores de idade, mas não é como se a polícia tivesse visitado essas partes da cidade. Franky havia oferecido bebidas gratuitas para todos e agora estava amaldiçoando a enorme perda de dinheiro que sua decisão imprudente lhe causou. A emoção que todo o bar compartilhou sobre a mão parecia ser uma compensação suficiente para ele, no entanto. O choro era principalmente para mostrar, Usopp sabia.

Franky era um bom homem. Ele foi um dos poucos adultos decentes que Usopp conheceu depois de terminar em Water 7. E se havia algo que ele realmente amava, era o bar de Franky, o Mecha Heaven. As paredes estavam cheias de todos os tipos de dispositivos estranhos de diferentes épocas, alguns quase antigos e alguns brilhando com cromo recém-polido. Franky adorava explicar o que eram e como funcionavam, então Usopp conhecia bem a maioria deles. Adorava ouvir e aprender. Desde criança, ele gostava muito de construir todo tipo de coisa: armas pequenas e não muito perigosas, armadilhas, modelos em miniatura, motores... estar disponível. O único problema era que o orfanato não tinha compartilhado seu entusiasmo. Seu interesse por pequenas armas e armadilhas junto com seu hábito de mentir foram os principais motivos para o orfanato expulsá-lo. Bem, não expulsar - orfanatos não podiam expulsar as crianças. Eles simplesmente não perceberam quando ele saiu. Falha ao denunciar o garoto desaparecido à polícia para que eles não precisassem mais lidar com ele. Usopp não sabia se era bom ou ruim. Um inverno na rua pode matá-lo e a fome que ele experimentou durante os últimos meses foi pior do que nunca no orfanato... o orfanato. Já era hora de ele sair de qualquer maneira. Ele faria 18 anos em alguns meses e o orfanato o teria expulsado de qualquer maneira.

Ele observou enquanto Luffy tentava enviar vários objetos - copos vazios e cheios, diversos equipamentos de bar, uma de suas sandálias - para mesas diferentes. A sandália teve uma recepção relativamente ruim em seu destino. Mozu e Kiwi realmente não queriam tocar o objeto imundo e como a mão foi programada para não retornar antes que o objeto fosse removido dela, eles chegaram a um impasse. Usopp riu junto com todos os outros, observando sua luta e horror quando a mão finalmente deixou cair a sandália em sua mesa. Luffy foi o que mais riu de todos, sentado na mesa do bar, segurando o estômago e engasgando com o copo de suco de laranja que estava bebendo. Ou quase o mais alto. Brook era definitivamente a pessoa mais barulhenta do bar, acompanhando a música com seu violino e cantando. Usopp ainda não tinha se acostumado com o velho esquisito, mas Luffy e Brook pareciam ser melhores amigos. Claro.

Usopp suspirou e deixou seus olhos vagarem pelas paredes. Ele esperava poder ter um lugar como este. Para ser capaz de construir coisas malucas, fazer o que lhe vier à cabeça...