Olhe sempre para o lado Bom da vida (One Piece)

Capítulo 9

Nami subiu as escadas e bateu na porta que tinha um número 52 desbotado. Ela ouviu por um tempo, mas ninguém respondeu. Ela esperava que Sanji estivesse lá, pelo menos, e esperava que ele estivesse fazendo chá quando ela chegasse, mas bem, ela era capaz de preparar um pouco de chá para si mesma enquanto Zoro estava ... desabafando. Nami sorriu ao entrar no apartamento silencioso e ir direto para a cozinha. Era divertido ver Zoro assim, ver Zoro realmente tendo tesão por alguém. Pena que era Sanji, no entanto. Sanji não parecia ter muito interesse em homens. Nami gostaria de ter feito algo por Zoro, mas infelizmente Sanji parecia mostrar muito mais interesse por ela do que por ele no momento.

Sanji... Mr.Prince... Nami balançou a cabeça e vasculhou as cabines para encontrar alguns saquinhos de chá. Ela se lembrava muito bem de como ficara chocada ao acordar aqui pela primeira vez após o incidente de Arlong. Cama desconhecida, quarto desconhecido e o Mr. Prince entrando com uma bandeja de café da manhã. Se Zoro não estivesse segurando a mão dela o tempo todo, ela teria surtado. Sanji foi rápido em se reintroduzir e, por algum motivo, Nami teve a sensação de que ele não queria revelar a conexão deles. De qualquer forma, não importava muito, porque pela maneira como Zoro e Luffy estavam interagindo com Sanji, Nami soube imediatamente que podia confiar nele. Ela colocou a percepção de Zoro e Luffy sobre as pessoas acima de qualquer outra coisa. Geralmente funcionava. Os dois tinham uma intuição muito boa quando se tratava de pessoas.

Nami olhou ao redor da grande sala de estar e congelou. Claro. Como ela poderia ter esquecido o urso! Bepo estava estendido no meio da grande sala como um tapete branco e seu enorme peito arfava suavemente. Dormindo, bom. Nami continuou estudando a sala. Law e Sanji moravam aqui, mas a sala estava vazia e austera. Não havia nada pessoal na sala - nem fotos, itens, nem mesmo papéis sobre a mesa. Nada na sala dizia que pessoas viviam aqui. Nami se perguntou se seus quartos pessoais eram os mesmos ou se eles realmente tinham algum tipo de sinal de vida neles. Ela não se atreveu a ir e dar uma olhada. Uma coisa era entrar furtivamente na cozinha e fazer chá, e outra coisa completamente diferente era bisbilhotar seus quartos.

O chão rangeu quando Bepo mudou de posição e Nami congelou no lugar novamente.

"Sim, apenas continue dormindo, sua besta," ela sussurrou, mas aparentemente isso foi um erro.

Bepo abriu um olho ligeiramente e lançou um olhar entediado para Nami. Obviamente aquela coisa estava bem ciente de sua presença o tempo todo. O urso rolou para o lado e lentamente se levantou. Então ele pulou para Nami que quase não respirava mais. O urso era realmente enorme de perto, pensou Nami, fechando os olhos e engolindo em seco. Ela deveria se fingir de morta? Descer até o chão? Ela estava de pé sobre os joelhos trêmulos e apoiada na pia da cozinha atrás dela, com uma xícara de chá frio na mão.

Uma sensação estranha a assustou, uma sensação em sua mão esquerda, a que estava em seu quadril. Molhado. Fazendo cócegas. Grosso. Nami abriu os olhos e gritou alto. A xícara de chá caiu de sua mão, batendo no chão. O chá morno molhou suas meias, mas a xícara não quebrou. O urso estava lambendo sua mão e acariciando seu quadril com a cabeça.

"Pronto, bom menino," Nami sussurrou, seu coração ainda acelerado. "Booooom menino, não me coma."

Bepo fez um barulho de ronronar que Nami achou perturbadoramente... quase fofo. Ela engoliu em seco novamente, movendo a mão lentamente contra o focinho de Bepo.

"Bom menino, ok," Nami sussurrou novamente, se perguntando se estava realmente certo tentar acariciar o urso.

Ela moveu a mão novamente, devagar e com cuidado, esperando não assustar o animal, e tentou coçar atrás da orelha de Bepo como tinha visto Law fazer. Bepo sentou-se ao lado dela e olhou para cima com seus olhinhos castanhos. O urso estava sentado com as pernas abertas e as costas curvadas, soltando pequenos gemidos enquanto Nami continuava a coçar seu pelo macio. Ela teve que admitir que assim Bepo realmente parecia adorável.