Bound By Blood

Capítulo 5

Nem acredito que já ta saindo atualização! 

Nesse capítulo tem menção a crise ansiedade/pânico e violência, então leia com cuidado.

Também teremos a história da transformação do Minho.

"O mal é um ponto de vista. Somos imortais. E o que temos à nossa frente são os ricos festins que a consciência não pode julgar e que os homens mortais não podem conhecer sem culpa. Deus mata, assim como nós; indiscriminadamente. Ele toma o mais rico e o mais pobre, assim como nós; pois nenhuma criatura sob os céus é como nós, nenhuma se parece tanto com Ele quanto nós mesmos, anjos negros não confinados aos parcos limites do inferno, mas perambulando por Sua terra e por todos os Seus reinos." - Lestat, Entrevista com um vampiro. Anne Rice.

...

— Você pode me explicar por que caralhos me trouxe para o meio do mato e ainda me fez perder o treino com Seungmin?

— Tá tão preocupado assim em perder o treino do Seung por quê? – Minho encarou Felix com certa malícia – Eh! O Chan e Changbin começaram assim, ein!

— Não, hyung, você entendeu tudo errado – o Lee mais novo falou resignado – Eu faltei a um treino essa semana e Seungmin me destruiu, descobri da pior forma que ele tava pagando leve. – Choramingou.

— Ok, mas hoje você não está faltando nada, estamos para mesclar os dois treinos – Lino explicou.

— Então quer dizer que amanhã não vai ser um treino mais fudido?

— Não, pode ficar tranquilo quanto a isso. Como agora você já consegue controlar muito bem sua audição, vamos testá-la hoje.

— Beleza e como vamos fazer isso no meio do mato? – Lix soou desdenhoso.

— Meu deus, o que a natureza te fez para você detestar tanto assim o mato? – Minho dramatizou – Enfim. O treino de hoje é caça. Você vai caçar, sinta-se livre para usar sua audição, velocidade e força.

Felix fechou os olhos, não que aquilo fosse necessário, mas era um hábito que havia criado durante os treinos com Minho. Apurou sua audição, olhou para o outro Lee mais vez e recebeu uma confirmação, poderia começar.

Tinha localizado o que a acha ser sua presa, imaginava ser alguma espécie de veado. Tinha certeza que era o que procurava pois junto dos batimentos cardíacos do animal, conseguia ouvir o mínimos ruídos que, provavelmente, Jisung fazia. Sabia que outro vampiro segurava sua presa.

Rapidamente chegou no local de onde vinham os sons que buscava. Mas já estava vazio. Agora tinha certeza que era Jisung, conseguiu discernir o som que os passos do vampiro emitiam na floresta. Se concentrou nisso.

Perseguiu o vampiro e o animal. Não conseguia deixar de pensar no quão ridícula era a cena de Jisung correndo com um veado nos braços.

Han mudava de direção, Felix logo acertava o novo curso que deveria tomar. A adrenalina da caça já dominava todo seu ser. Era para aquilo que havia sido criado. Vampiros eram protetores, mas acima de tudo eram predadores.

Enquanto corria entre as árvores o cenário começou a mudar. A floresta dando lugar a cidade, as luzes tremulando ao redor de Felix. Imagens se fundindo e alternando. O Lee não sabia o que era real e o que era lembrança.

Continuou correndo, queria fugir da própria mente. Queria fugir de todas as mortes.

Buscava ar e não encontrava, sentia como se estivesse sendo massacrado pelo peso da tragédia que ele causara. O peso das memórias o fez cair de joelhos.