𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐑𝐎

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A MANHÃ DA VÉSPERA DE NATAL CHEGOU COM LASCAS DE GELO FINO BATENDO CONTRA as paredes do castelo, o vento recitava um poema doloroso e a temperatura estava tão baixa que Rose começou a pensar que ela fosse morrer congelada, sem se vingar de Voldemort e sem rever sua família novamente.

- Para de drama, todos os anos o clima fica assim - Lavínia comenta com os lábios se abrindo só um pouco para não congelar a língua. Com um susto, Rose percebe que falou a última frase em voz alta.

- Como vocês aguentam isso?

- Não temos outra escolha, Potter - responde como se fosse óbvio, na verdade era. Depois de vasculhar a mente de quase metade de Durmstrang, ela já tinha percebido que todos quase todos estavam entre o limbo de gostar e odiar o instituto, afinal ele era o único lar que eles conheciam.

Com passos rápidos, Desiree aparece e ainda frio, ela consegue abrir um sorriso, mas logo depois fecha.

- Algumas pessoas andam dizendo que Niccolo se matou - diz ao parar do lado delas.

O coração de Rose que já estava lento por conta do frio, fica mais lento em descompassos. O ar parece parar, os olhos arregalaram com o frio fazendo-os arder. Ela tinha causado isso? Claro que sim, ela o humilhou mas ela pensava que ele fosse mais forte, entretanto se matou...as duas continuavam conversando mas tudo que ela via eram seus lábios se mexendo sem som.

- Ei Potter, você está bem? - Lavínia perguntou dando um tapa no braço dela.

Rose leva os olhos a elas e sussurra:

- Ele morreu?

- Sim, ele pegou uma corda prendeu no lustre, subiu em um banquinho de madeira, enfiou a corda do pescoço e pulou do banquinho - Lavínia diz com um sorriso afiado.

Bile sobe violentamente até a garganta de Rose e ela se encolhe apoiando seu corpo da parede próxima.

- Ela está brincando, ele não morreu de verdade - Desiree diz como se achasse graça da reação de Rose - foi só uma maneira de dizer que ele não sai da cama a dias - finalizou rindo do rosto pálido da colega.

Fechando os olhos com força, Rose inspira fundo e se arrasta pela parede até sentar no chão. O que ela fez com Niccolo vinha a assombrando a dias, principalmente depois da conversa com Levi. Ela só queria dar uma lição nele, mas aparentemente quem bate é muito mais fraco do que apanha.

- Caramba, vocês tem um jeito estranho de brincar -  sussurra ainda se recuperando do choque.

- Acho melhor você levantar sua bunda do chão frio para irmos para a aula antes que congele - Ouviu Lavínia dizer com a acidez presente em todas as frases dela.

A aula de combate foi bem demorada por conta do frio, todos estavam mais lentos. Nessa aula eles usaram um feitiço bem conhecido por Rose, o Crucio. Usaram ratinhos para treinar o feitiço, só de ouvir o choramingar deles ela se encolhia. Voldemort jogou tanto crucio nela na noite da última prova que quase a matou. Só de se lembrar ela ainda consegue sentir os músculos queimando. Não conseguiu continuar com a aula e pediu para ir ao banheiro e nunca mais voltou.

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐮𝐦 𝐭𝐨𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐝𝐚𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora