Capítulo VIII - Passado

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Niragi

Ver Komi com Chishiya me irritava muito. Eu queria matá-lo se não fosse por Komi. Ela me disse que não iria se afastar e que iria ter cuidado, então decidi confiar nela já que era a única pessoa no mundo em quem eu confiava. Era a única pessoa por quem eu tinha sincero respeito.

Ela me ajudou muito e sou grato por isso. Ela mudou a minha vida.

Estava na porta do terraço, quando vi Chishiya e Komi muito juntos. Me escondi atrás da porta tentando ver o que estava acontecendo, mas percebi que Komi estava se afastando de Chishiya e vindo em minha direção. Corri pelas escadas para que a garota não me visse e me escondi. Não queria ter problemas com ela logo agora.

Observei cada movimento da garota. Ela descia as escadas lentamente com um sorriso em seu rosto que me deixou com muita raiva. Tinha certeza que ela estava assim por conta de Chishiya.

Já fazia muito tempo que não a via sorrindo, desde o que aconteceu no mundo real. Nem mesmo quando estávamos juntos ela sorria tanto.

Sempre gostei dela. Ela era uma garota popular e uma das mais bonitas da escola. Komi jogava badminton com Otsuka, que era o seu companheiro já fazia muitos anos. No início ela competia como individual feminino, mas depois que conheceu Otsuka, decidiu competir como dupla mista, assim que descobriu que ele também jogava.

Eles eram muito próximos e todos pensavam que eles eram namorados. Eu tinha muita inveja, apesar de saber que ela nunca iria olhar para mim.

Até que, houve um dia em que o professor de matemática decidiu fazer trabalho de dupla e ela se aproximou de mim para fazermos juntos.

Fiquei feliz pela primeira vez em muito tempo. Nunca pensei que ela algum dia me iria escolher. Eu até mesmo pensava que ela nem sabia da minha existência.

No início fiquei assustado com a sua escolha. Pensava que ela só queria fazer o trabalho comigo por eu ser inteligente, mas depois me dei conta de que ela era tão inteligente quando eu.

Então o meu medo persistiu, mas por outro motivo. Pensei que ela quisesse se aproximar para me fazer mal, já que ela fazia parte de uma gangue.

Na altura eu era um nerd e sempre que os garotos populares se aproximavam de mim, era para me fazerem alguma coisa de mal. Zombar, bater, humilhar. Era horrível.

Por momentos pensei que Komi também era assim quando me escolheu, até que um dia, ela me ajudou.

Por momentos pensei que Komi também era assim quando me escolheu, até que um dia, ela me ajudou

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Estava da parte de baixo de uma ponte onde absolutamente ninguém passava por lá. Eles sabiam escolher bem os sítios para fazerem da minha vida um inferno. Lá estava eu, na frente deles, enquanto me encolhia por conta do medo que sentia. Eu já sabia o que estava por vir, eles iriam me bater novamente e me insultar. Por mais que isso acontecesse quase todos os dias, eu não conseguia me habituar a essa rotina. Eles conseguiam piorar a cada dia.

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