Red the color of sin | Namjin

capítulo 7

•Este capítulo contém gatilhos então se for uma pessoa sensível mediante ao assuntos a seguir peço que pulem para o final do flashback.

•Abuso sexual, Uso de drogas, Agressão e morte.

Se mesmo assim escolherem ler, tenham uma boa leitura.

*💎*

*Jin on*

Quando era criança costumava acreditar em contos de fadas, acreditava pois era a única coisa que me dava esperanças em um dia viver realmente uma vida feliz e cheia de amor, porquê se até mesmo a Bella que era odiada pelas irmãs, a branca de neve odiada pela madrasta ou a Elsa por todo seu povo conseguiram um final feliz eu também conseguiria. Isso era o que eu pensava antes.

Lembro como se fosse hoje, havia mais uma vez brigado com o yuki, ou melhor, havia mais uma vez apanhado do yuki, nossa mãe não fez nada para impedir ou me ajudar, apenas permaneceu em seu estado alucinógeno, porém isso não era novidade ela sempre estava consumida por alguma droga.

Naquele dia eu havia chegado ao meu limite, não entendia o motivo de tanto ódio desferido a mim de graça, fazia tudo que me pediam e até mesmo ia em becos perigosos e abomináveis para uma criança estar, apenas para suprir o vício dos dois e assim não ser o alvo de tanto ódio, porém era inútil. Depois da confusão minha mãe, Lee Kyung mi, foi cambaleando para o quarto nitidamente drogada e eu fiz a pior besteira da minha vida, fui atrás dela. Como eu disse, estava no meu limite e precisava saber o motivo de ser tão odiado por quem deveria apenas me amar.

(flashback on)

Fui atrás da mais velha enquanto sentia as lágrimas molhando meu rosto sem que eu pudesse controlar, sentia meu peito doer e sufocar como se eu não soubesse mais como respirar. Minha mãe se jogou na cama completamente aérea mas eu não podia mais esperar por respostas, precisava de um motivo, apenas um motivo sequer que me explicasse o'que eu fiz.

- Mamãe, por favor me fale o que eu fiz pra você me odiar tanto - tentei não chorar mas assim que abri a boca minha voz já estava embargada. Ela apenas sentou na cama e me olhou em silêncio, não era um silêncio confortável ou um olhar carinhoso, era apenas pura repulsa e ódio. - mamãe por favor eu...

- CALA ESSA BOCA, PORRA- aquilo me assustou, ela normalmente não gritava comigo, ela nem ao menos falava. Apenas fingia não ter ciência da minha existência - A sua voz me dá ânsia, eu não consigo nem ouvir, então sai da minha frente! - eu não conseguia mais controlar minha voz, meu choro se tornou alto irritando ainda mais ela, senti o impacto e por não esperar essa reação acabei caindo no chão. Minha mãe havia batido em meu rosto e aquele foi um dos poucos contatos físicos que tivemos em tempos.

- Eu não...EU NÃO VOU CALAR ATÉ QUE ME FALE O PORQUE ME ODEIA TANTO - grito ainda no chão com a mão em minha bochecha onde ardia por tantos anéis que tinha em seus dedos - EU SEMPRE FAÇO TUDO QUE ME PEDEM, ATÉ LIMPO SEU QUARTO DEPOIS QUE TERMINA COM OS CLIENTES ENTÃO PORQUE ME ODEIA MAMÃE - eu já não controlava a altura na minha voz e percebi que ela estava ficando ainda mais nervosa enquanto andava de um lado para o outro pelo quarto porém logo parou a minha frente com as mãos na cintura e começou a rir. Ela ria de um jeito assustador e histérico mas parou abruptamente me encarando.

- Jin, você é a merda de uma maldição na minha vida, eu tenho nojo de você, não suporto quando fala comigo. Tem ideia de quantos remédios eu tomei pra te abortar? Quanta droga eu usei? e mesmo assim você ta aqui como a porra de um castigo pra mim - aquelas palavras doeram mais do que o tapa que havia levado a pouco, e bem mais do que todos esses anos sendo ignorado pela mesma. Puxei minhas pernas abraçando-as e deixando meus joelhos colados em meu peito, não conseguia mais olhar para ela, as lágrimas inundavam meus olhos então apenas baixei a cabeça olhando meus próprios pés. - quando você nasceu eu tava na merda de um banheiro químico, drogada, tive esperanças de você ter morrido pois não chorava, mas algum imbecil decidiu usar a mesma cabine e quando eu vi já estava sendo carregada pelos bombeiros.