Casado com o lobo mal

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Depois daquela manhã em que acordei na cama com o Payu, todas as manhãs se tornaram mais ou menos iguais, ele chegava do trabalho, todos jantávamos, passávamos um tempo juntos na sala conversando sobre nossos dias e então íamos para o quarto.

Surpreendentemente na maioria da vezes apenas dormíamos. Mesmo. Outras ele trocava carinhos com todos nós, ou dois de nós, dependia de quem estava a fim na noite. Payu nunca forçava a barra, nem se negava quando alguém queria algo mais. Como diziam desde que cheguei ali ele era acessível e compreensível.

Com a gente.

Essa máxima não funcionava fora do nosso relacionamento, mas eu só ouvia os boatos mesmo.

Sobre a situações íntimas também era muito diversificado e relativo: Earth trocava carinhos com o 'amo' na frente de todos tranquilamente, mas se eles queriam sexo de verdade, eles saiam do quarto maior. Quando perguntei sobre isso ao Earth ele me explicou que era por vontade da Lisa e do Kai. Eles não iam dar o próximo passo, então não desejavam ver como era.

Lisa e Kai quase sempre grudavam em Payu juntos. Era até de certo modo divertido. As vezes eu assistia, as vezes não; na verdade para mim se naturalizou tão rápido que agora eu podia conversar no Earth deitado na outra cama enquanto os dois tinham seus momentos com o amo na cama principal. A coisa toda girava quase sempre sobre os 'babies' e não sobre Payu. Ele gostava mais de dar prazer do que receber e eu entendi e respeitei isso.

Funcionava para todos nós.

Já eu percebi que gostava de jogo gato e rato, e descobri isso porque ele permitia. Era mais divertido e sexy se ele precisasse me pegar de algum lugar para levar para cama e em poucos dias recebi o apelido de 'noivo núpcias' porque só entrava no quarto carregado.

Eu rolava os olhos, mas nunca rebati. Eu podia, certo?

Já durante os dias eu basicamente lia e encontrava os meninos para andar de skate. E foi em um desses dias que Hue me disse que o aniversário deles de dezoito anos estava realmente chegando.

— Vegas disse que não vai ficar com a gente, mas também a gente nem queria! Ele que vá viver a vida dele de playboy rico sozinho. Dane-se!

Tae disse rolando os olhos e eu ri, não da situação mais dele, porque eu sabia que eles no fundinho gostavam do magnata, mas de fato ele não era a pessoa certa para os meninos continuarem.

Art tinha razão, os quíntuplos precisavam de um lar estável.

Nós os chamávamos de quíntuplos, mesmo eles não sendo. Mas acabou pegando no fim.

E eu já tinha falado com Payu aquela semana que eu ia aceitar a proposta dele e assumir a guarda dos cinco. Payu já tinha começado o processo judicial inclusive.

Olhei para os cinco depois de erguer o skate e sorri de canto:

— Esse não será mais um problema, meninos. Eu pedi a guarda de vocês, o aniversário de dezoito anos é por minha conta.

Tae e Hue deixaram os skates caírem, Beo arregalou os olhos, Soo e Yeo estremeceram, mas foi Yeo quem abriu a boca primeiro:

— I-isso... é sério, Rain?

— Muito sério.

— Mas e o... Senhor Wittaya?

Soo perguntou ficando um pouco nervoso.

— É ele quem está resolvendo isso para mim e já está tudo encaminhado. Vamos reformar uma parte da garagem para vocês terem os quartos de vocês de forma mais independente, vou cuidar para que façam a escola que preferirem, como preferirem e a única regra é não fazer mais coisas perigosas que chame a atenção das autoridades. Estamos de acordo?

O Garoto do poderoso chefãoOnde histórias criam vida. Descubra agora