Isis
– Pega aqui pra mim, Ize - a tia Gabi pediu uma parte do painel.
– PAULO - a Ayla grita – vai logo pegar o bolo, tá achando que é cedo ainda é?
– Calma Ayla - pegou a chave do carro – Mãe tô indo, precisa de mais alguma coisa ou é pra pegar só o bolo?
– Tem os doces também né Paulo, e os salgados - falou – Eu preciso que alguma das meninas vá com você, porque você cabeça de vento do jeito que é vai esquecer é tudo - pegou uma fita –Eu não posso sair daqui tô super ocupada.
– Eu também nem posso ir, tô fazendo o caldo e não posso deixar aqui só - minha mãe falou – Vai com a Ayla.
– Tia não dá pra eu ir, a Laís vai começar a arrumar meu cabelo agora.
– Só sobrou ou a Isis ou o Matheus, se virem aí - a tia Gabi disse.
– O Mat nem aqui tá - falei já prevendo a situação – Vamos, eu vou com você - todos olharam espantados pra mim e eu revirei meus olhos – Tia, tudo que é pra pegar tá naquela lista que a senhora me mandou no whatsapp né?
– É - falou ainda espantada com o meu ato – E já sa...
– Já sei, já sei, "tentem não brigar", ok - falei e calcei meu chinelo – Vamos Paulo.
Entrei no banco do carona no carro do Paulo logo depois que ele destravou o mesmo.
– Vai passar primeiro aonde? - falou pela primeira vez desde lá de dentro.
– Passa primeiro na fábrica dos salgados pra pegar os salgados logo e de lá já pega caminho pra confeitaria colombo pra pegar o bolo e os doces.
– Não sei pra quê minha mãe pegou esses salgados já feitos, era pra ser dos que são fritos na hora - resmungou.
– Vão ser os fritos na hora, a gente tá indo pegar os de forno.
– Entendi.
Ficamos em um silêncio agradável, nem sabia que era possível, mas do jeito que estava tava bom, até que o silêncio foi interrompido por ele.
– Quer ouvir alguma música? - concordei e ele ligou o som do carro. Começou a tocar uma música boa, mas que eu nunca tinha escutado.
– Que música é essa? é boa, mas nunca escutei - perguntei.
– É a poesia 13 pô.
– Ué, mas você não disse ontem que não podiam escutar, se não ia acabar com a graça do lançamento e mais um monte?
– Foi, mas eu sei que você não vai falar pra ninguém e se falar ninguém vai acreditar, por que a gente não se dá bem, então...
– Esperto - falei e continuei escutando a música no silêncio bom que reinou no carro – Até que é boa, gostei, parabéns Paulin - dei ênfase no apelido dele que o Xamãcita em um verso.
– Valeu Ize - falou dando ênfase no meu apelido também, pra me zoar.
Fomos o caminho inteiro ouvindo músicas, pegamos os doces, os salgados e o bolo e fomos pra casa.
– Poderíamos ter tréguas assim mais vezes - ele disse estacionando o carro – Você até que e legalzinha.
Dei risada – Você poderia parar de implicância comigo também, aí quem sabe não nos tornamos duas pessoas legais um com o outro - pisquei e saí do carro levando o bolo.
– Chegaram vivos, glória Deus - minha mãe falou assim que passamos pela porta – Esse já foi o presente de aniversário da Lalynha.
– Que presentão viu, amei, podem se dar bem mais vezes.
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Anéis de Saturno
RomanceO amor do Sol e da Lua nunca foi impossível, só não tinha chegado o momento deles estarem juntos, até agora, mas ainda bem que Saturno guardou os anéis, porquê eu tenho certeza que ela é a minha lua e eu sou o seu sol.