[9] Entre lembranças e o novo campeonato

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O corpo de Tzuyu estava largado sobre a cama enquanto ela reclamava a cada dois segundos sobre a dor de cabeça que estava sentindo. Por ter acabado de acordar, não se lembrava de muita coisa do que havia acontecido ontem após ver a cena na cozinha, e muito menos de como estava intacta e deitada em sua cama ao ter colocado seus pés em casa. O medo estava ali no momento, imaginando qual devia ter sido a reação de seu pai ao vê-la virada na bebida. Bom, poderia estar viva, mas com certeza algo viria a acontecer.

Tzuyu lentamente, muito lentamente, se sentou olhando tudo ao redor para ver se não havia nada fora do lugar. Sentia que sua cabeça iria explodir a qualquer momento enquanto sua boca implorava por água.

Quando seus pés tocaram o chão e a taiwanesa ergueu seu corpo para ficar de pé, uma tontura a atingiu fazendo ela se sentar novamente e respirar fundo. Nunca, em sua vida toda, havia ingerido bebida alcoólica, e não era como se quisesse também. Tzuyu não se recordava muito bem do que aconteceu, mas sabia que somente bebeu por conta do que viu na festa, e que até o momento não a deixava feliz. Aquilo ainda mexia com varias coisas em sua cabeça.

Por não ser nada experiente nisso Tzuyu se sentia péssima. Com muito esforço ela se levantou e foi até a janela de seu quarto, abrindo assim as cortinas e se arrependendo logo em seguida.

— Ai, porra. — seus olhos automaticamente se fecharam e ela só foi abri-los algum tempo depois. Após se recuperar ela finalmente abriu as cortinas por completo mesmo que ainda seus olhos pedissem o contrario.

Tzuyu foi até seu guarda-roupa e pegou algumas peças de roupa indo diretamente em direção ao banheiro. Seu corpo relaxou ao sentir a água morna o molhando por inteiro. Tzuyu pensou, pensou e pensou tentando se lembrar do que aconteceu na festa, mas foi em vão.

Podia ter se recordado de algumas coisas, mas ainda não era o suficiente para entender todo o contexto. Sabia que havia falado com Sana depois de já estar tomada pelo álcool, mas não sabia o que exatamente, e não poderia negar que sentia medo de descobrir. Porém mesmo não sabendo se arrependeria ao lembrar a taiwanesa tentava, mas nada vinha a deixava minimamente frustrada. Por fim ela apenas deixou de lado, em algum momento ela se lembraria. E torcia para que não demorasse.

Vestida, cheirosa e um pouco renovada Tzuyu se retirou do banheiro. Ela esperava deitar e apenas dormir, mas não, não poderia. A taiwanesa só tinha despertado de seu sono por causa de seu alarme, e esse alarme era justamente o motivo de não poder dormir naquele exato momento. O colégio lhe esperava, e Tzuyu se castigou mais uma vez por ter ido a uma festa em pleno domingo. Na mente dela não beberia nada que a prejudicasse, entretanto não rolou, ela estava prejudicada.

Além disso, também estava atrasada. No relógio de seu celular que foi pego por ela ao se sentar em sua cama marcava exatamente sete e onze da manhã, ou seja, já deveria estar lá há muito tempo.

Com tudo na mochila, Tzuyu se levantou pronta para sair de seu quarto. Em seu celular o aplicativo para pedir algum motorista já estava aberto e com a localização marcada, só esperava a confirmação da taiwanesa. Então não tinha porque não confirmar, não é?

Ela teria feito isso caso sua porta não fosse aberta e Chou Tao entrasse por ela com sua expressão séria não mostrando nenhuma emoção como sempre. Era raro ter um sorriso naquele rosto.

— Bom dia. — sua voz grossa foi ouvida por Tzuyu que já o havia notado ao entrar em seu quarto.

— Bom dia, pai. — a taiwanesa respondeu, mesmo que baixo.

— Eu vim dizer que você não irá ao colégio hoje. — foi nesse momento que Tzuyu pensou estar completamente ferrada. Seu pai nunca pediria para faltar. — Quero que estude em casa com a minha supervisão.

Entre amor e confusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora