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{ 2 meses depois...}

Pov Luísa

- Oi... bom dia - Falo sentindo os beijos da minha esposa no meu pescoço - Você acordou cedo...

- Eu fui dar mama para a Alice - Ela fala me abraçando por trás - E vim ver você.

- Eu estava trabalhando - Falo me virando nós seus braços - Mas eu prefiro te dar atenção.

- Eu também prefiro que você me dê atenção...

Eu seguro seu rosto com as mãos e deixo vários selinhos, arrancando o sorriso da minha esposa, que segura a minha cintura com força. Toda vez que Maiara sorri para mim, vem imediatamente a nossa filha, já que Alice tem o mesmo sorriso que Maiara, até a forma que ela levanta o narizinho para sorrir é o mesmo.

- Eu estava pensando que poderíamos passar essas férias em Los Angeles - Maiara fala apertando a minha cintura - Nós três.

- Não voltamos para lá desde que a Alice nasceu, amor - Falo alisando seu rosto - Eu não... não sei se é uma boa ideia.

- Eu queria... para rever o Bruno, o João e passar um tempo na cidade, amor.

- Mai...

- Por favor, amor... - Ela pede juntando mais nossos corpos - Somos casadas agora, temos uma filha, é só nós três, ninguém vai mudar isso.

O mais difícil de dizer "não" para Maiara é que ela sabe que eu simplesmente não consigo dizer "não" para absolutamente nenhuma das suas vontades. Minha esposa me olha com seu olhar pidão, esperando ansiosamente pela minha resposta.

- Lu... vamos... vai ser legal - Ela pede beijando minha bochecha - Podemos ficar no seu apartamento, só por uma semana, amor.

- Só por uma semana?

- É...

- Então tudo bem, só por uma semana.

Maiara sorri animada e sobe sua mão para o meu pescoço, me puxando para beijar a sua boca. Desço minha mão para a sua cintura e aperto seu corpo contra o meu, sorrindo ao sentir esse contato maravilhoso dos nossos corpos se tocando que eu nunca vou enjoar. Apoio Maiara na mesa e intensifico o beijo, colocando uma mão de cada lado do seu corpo, mordendo seus lábios durante o beijo e chupando a sua língua, ouvindo os seus resmungos manhosos por não estar ganhando o beijo. Assim que eu vou colocar uma mão dentro da sua camisola, eu escuto um choro, quase um grito de dessespero, vindo do quarto da nossa pequena.

- Merda... - Maiara resmunga baixinho.

- Eu vou ver ela - Falo selando nossos lábios.

O mais engraçado que se os vizinhos ouvirem o choro da nossa pequena, vão achar que ela está sofrendo algum maltrato, que estamos torturando ela, mas não, seu choro de dessespero é simplesmente porque ela acorda assustada e ao ver que não estamos por perto, começa a chorar, mas é só aparecer na frente do seu berço, que ela para rapidamente e sorri.

Assim que eu entro no seu quarto, Alice engatinha até a ponta, procurando com os olhinhos para ver quem é e eu não consigo controlar a minha risada ao ver a minha filha, com o pijama todo amassado, o cabelo no seu rosto, a chupeta na sua mão e seus olhos verdes cheio de lágrimas.

- Oi, amor... - Falo me aproximando da ponta do berço - Bom dia, minha vida.

Ela coloca a chupeta na boca e estende os bracinhos para mim, me chamando para pegá-la no colo, o que eu faço e beijo a sua bochecha, recebendo o seu resmungo manhoso por ter demorado para vê-la.

- A mamãe Mai está na sala - Explico para ela - Hoje vocês duas acordaram no mesmo horário.

Alice me olha e eu limpo as lágrimas dos seus olhos, indo até a sala aonde minha esposa está, vendo algo no seu celular, parecendo preocupada com algo.

Olhos Castanhos (Mailu)Onde histórias criam vida. Descubra agora