Capítulo 6

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CHEGAMOS AO ÚLTIMO CAPÍTULO! Agradeço a todos que vieram até aqui <3 Sem demora, vamos ao o que interessa!




CAPÍTULO 6

Dado desperta devagar. A noite fora muito mal dormida. Ele havia chorado muito, e sua cabeça parecia que iria explodir. Sem falar em como foi difícil passar a noite sozinho agora que já estava mais do que acostumado a ter o corpo do marido ao seu lado lhe fazendo companhia e lhe enchendo de agrados praticamente o tempo todo. Dado senta na cama e se espreguiça, sentindo suas costas estalarem. Ele esfrega o rosto, estava extremamente cansado. Ele poderia dormir um pouco mais, mas duvidava que fosse capaz de fazê-lo. Ele olha o relógio ao lado da cama, geralmente naquela hora ele deveria estar se aprontando para o dia que teria ao lado do Diabo, mas ele com certeza não apareceria no submundo nem no cassino de novo tão cedo. Isso o deixava com o dia livre, algo que era raro de acontecer. Claro, isso tirando as duas semanas que teve de lua de mel. Dado suspira. Não queria pensar em nada relacionado ao Diabo no momento. Eventualmente, precisaria lidar com isso, mas não agora.

Dado fica alguns minutos sentado na cama encarando o nada antes de decidir se levantar. Ele vai para o banheiro tomar um banho e escovar os dentes. O apartamento estava extremamente silencioso, antes gostava de ficar sozinho e no silêncio, foi um dos motivos de ter escolhido aquele lugar, mas agora, aquilo estava o fazendo se sentir extremamente solitário.

Dado realmente não estava acostumado a ficar o dia inteiro sem fazer nada ou ficar sozinho. Ele sentia que o tempo não passava, parecia que já havia se passado horas, quando na verdade, foram apenas minutos. Perto do meio-dia, seu estomago começa a roncar, e ele percebe que não tinha absolutamente nada no apartamento já que estava vivendo no submundo. Ele suspira, se obrigando a sair e ir até o pequeno armazém que havia do outro lado da rua para comprar pelo menos o básico para fazer uma refeição decente. Ele não se demora na tarefa, pois não estava com cabeça para interagir com ninguém agora e queria evitar encontrar conhecidos. Em pouco tempo estava de volta ao apartamento, e ele prepara uma rápida refeição para si. A última vez que cozinhara naquele lugar, foi quando preparou um jantar para ele e o marido antes de noivarem. A recordação fora inevitável e Dado suspira querendo tirar aquilo de sua cabeça.

O músico se alimenta desanimado. Sem vontade de fazer nada. Se pudesse, queria desaparecer em uma nuvem de fumaça para nunca mais ser encontrado por ninguém. Após o almoço, Dado faz uma xícara de chá de camomila para tentar relaxar, e se senta em uma poltrona em sua sala, ligando o pequeno rádio que havia na mesinha ao lado para se distrair. Ele beberica de seu chá lentamente, e aos poucos (muito aos poucos) de fato começa a relaxar e se acalmar.

Batidas na porta. Dado se irrita e deixa seu chá de lado. Ele vai até a porta bufando, não queria ver o Diabo de forma alguma agora, estava furioso ainda e-

-Oi. - Foi Hilda quem o músico viu quando abriu a porta. Na hora que ele vê a mulher, ele bate a porta na cara dela.

Se passam alguns segundos, e então ele abre a porta novamente, ela ainda estava ali.

-O que você quer?

-Eu soube que você estava aqui, e pensei que talvez você quisesse companhia. - Ela responde.

-E porque eu te deixaria entrar? - Replica Dado - Antes de você aparecer, a minha vida estava perfeita! Eu sabia o que era real, sabia o que sentia, a vida estava nos eixos, um marido que eu amava... Você estragou tudo isso!

Hilda o olha como se ele tivesse dito o maior dos absurdos.

-Estraguei? Não, eu te salvei. - Hilda responde - Preferia não saber a verdade, e continuar sendo usado pelo Diabo?

Wish upon a starOnde histórias criam vida. Descubra agora