CAPÍTULO 8

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|Não deveria doer tanto, eles disseram.

Logan Folley

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Logan Folley

Três dias.

Três dias haviam se passado, e lá estava ela. Tão pálida que quase sumia nos lençóis claros da cama, os cabelos ruivos desgrenhados no travesseiro. Winter estava apagada. Seu peito subia e descia tão calmamente que mal era vista sua respiração. Ela estava péssima e isso me doía, doía por todo meu corpo.

Suspirei quando a porta foi aberta após um leve bater, Esme entrou com uma bandeja e sorriu de maneira amorosa para mim. Meu rosto esquentou quando a olhei, memórias das noites que passei em claro vendo Winter piorar. Eu havia perdido o controle.

De novo.

Na primeira noite que Winter não acordou e convulsionou por longos e torturantes minutos, eu me transformei. Ela estava lá tremendo e tremendo, e eu só soube piorar mais a situação.

— Você precisa comer, querido. — disse Esme colocando a bandeja repleta de comida na minha frente. — Winter ficaria chateada se soubesse que não está se alimentando.

Ela sorriu novamente, sabendo que estava jogando muito baixa só para me ver comer pelo menos um pouco.

Soltei as mãos gélidas de Winter e me virei para a bandeja ao meu lado. Um prato de macarrão repleto de queijo cheirava muito bem, ao lado um copo de Coca Cola.

Minha barriga roncou e sorri envergonhado para Esme.

— Obrigado, tia Esme. — sussurrei agradecido.

A mulher veio até mim e beijou minha testa deixando um casto carinho em meus cabelos.

— Não precisa agradecer, querido. Apenas coma.

Balancei a cabeça ainda sem graça. Esme era uma pessoa maravilhosa, eu amava seus sorrisos doces e seu abraço acolhedor. Ela era como uma figura materna que mal tive presente em minha vida por esses anos. Uma mãe amorosa com seus filhos e com todos a sua volta. Ela era puro amor.

— Preciso sim.  — mumurei olhando em seus olhos cor de ouro. — Obrigado. Obrigado por me acolher antes e por cuidar de mim depois... depois daquilo.

A morena sorriu genuinamente em minha direção, os olhos brilhando em carinho fazendo meu coração se aquecer por todo seu cuidado por mim. Ela me lembrava a Nora.

— Oh querido! — exclamou voltando em minha direção para puxar meus braços até eu a abraçar. Esme se esticou para apertar minhas bochechas e eu sorri me abaixando. — Não foi sua culpa perder o controle, você estava nervoso e ainda está aprendendo. É normal tropeçar as vezes, então não se cobre muito, ok?

— Ok, tia Esme. — falei ainda sorrindo para ela, uma das melhores pessoas que já conheci.

— Agora coma antes que esfrie. — disse se afastando até a porta do quarto. — E, Logan?

𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝𝐦𝐨𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora