Capítulo 25

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Meus pés doem demais, por culpa dos saltos que usei, ainda não sei porque inventei de colocar, deve que foi a primeira coisa que encontrei na gaveta, não faço ideia. E para piorar minha cabeça esta latejando, Elayne brigou comigo por eu dedurar para o Silvio, eu mantive calada, não quero perder o meu emprego, mas se ele é um bom observador vai perceber que sou tratada quase como escrava aqui, ou submissa pra ela, tudo o que ela manda eu obedeço calada

As portas abrem, em falar na demonia ela aparece, veio com seus cabelos meio bagunçados, e muito mais muito bêbada, ela joga as coisas que estão na minha mesa no chão, vaso de planta, meus livros para estudar, papeis, levanto da cadeira e observo atentamente, quem vai perder cargo é ela não eu

- Puta merda Hannah, você é tão perfeitinha que me irrita, sério, hoje é segunda feira, e eu enchi a cara, e eu me odeio por isso, você não tem nada para saber da minha vida mas, eu sair com alguém e ele me convidou para almoçar, e sabe o que aconteceu?, ele me drogou, colocou haloperidol, estou com tanta raiva. Olha detesto você, de coração, mas dessa vez você não vai trabalhar com hora extra, não quero que os chefões me vem nessa situação. Eu vou embora, mas antes arrume a minha sala antes de ir embora _ falou observando a situação da minha mesa, e o chão sujo que ela mesmo causou _ E arrume isso

E simplesmente foi embora, respiro fundo, ela me odiar não é novidade, me odiar por eu ser 'perfeita' é nova, e ser obrigada a arrumar as bagunças que ela mesmo fez já faz passar dos limites, detesto essa mulher, de verdade, odeio com todas as minhas força

23:15

Estou saindo e doida para chegar em casa e beber um pouco, para minha sorte a sala dela hoje estava apenas fora do lugar, nada bagunçado, a minha tive que ir na recepção de limpeza e pedir para limparem, expliquei que minha chefa derrubou sem querer, e entenderam perfeitamente, mesmo eu ter mentido um pouco.

Entro no elevador, minha bolsa está comigo, não suporto andar, meus pés estão doendo, como uma mulher consegue andar tanto tempo de salto, eu fiquei mais de três horas e não aguento mais, nunca mais coloco salto na minha vida. Os elevadores abrem, vejo Kayla arrumando sua mesinha e se preparando para ir embora

- Hannah, estar melhor? _ perguntou saindo e me cumprimentando com um abraço

Sorrio, posso estar de péssimo humor, mais pelas pessoas tento não descontar minha raiva a ninguém, ninguém merece isso, meu ponto de vista

- Elayne tirou o dia para brigar comigo, mas um tal de Silvio me defendeu, e ela se irritou com isso, e minha mãe está no hospital mas já recebe alta _ disse passando a mão no cabelo

kayla me observa, não diz uma única palavra sequer, acho que detalhei e fui direta demais, eu abraço ela ainda com um sorriso no rosto

- Relaxa gata, vida de adulto nunca oi fácil _ falei e fui embora , saindo pela porta

Chegando em casa estaciono meu carro na garagem, respiro fundo, observo e fico encarando o volante por alguns minutos, meu celular toca, mina mãe, ótimo

- Mãe, aconteceu algo, melhorou, por favor diga que recebeu alta _ disse coçando a cabeça meio desesperada

ouço toses dela

- Calma, estou bem, vou só passar a noite aqui, mais amanhã posso ir embora, vou chamar uma amiga minha, ela tem carro, não precisa se preocupar _ disse meio cansada_ não dormir hoje, então por isso minha voz está meio fraca e longe

- Certo mãe, qualquer coisa me liga _ disse _ te amo

- Te amo filha, também _ desliga o celular

Guardo meu celular na bolsa, abro a porta do carro, saiu, retiro o salto dos meus pés, não suporto mais usar essa porra, estou segurando com minhas mãos, fecho a porta e ativo o alarme. Vou andando lentamente até a porta da entrada, o sindico está com fone de ouvido, meio inclinado na cadeira, que bela forma de vigiar as pessoas, embora se eu não me engano, o CD de eu e Emmett ainda está no carro, sempre esqueço de pegar e guarda

Desejo meu vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora