Capítulo 2

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Ponto de vista da (s/n) (s/s)

-Você devia parar de tentar fugir de mim, meu bem...eu sempre te encontro.-A voz doce de Inês comentou em meu ouvido enquanto seus braços se enrolavam em minha cintura com cuidado.
-Eu não estou fugindo de você, Inês... estou fugindo do que você me causa.-Comentei segurando sua mão que envolvia a minha cintura.
-Deveria saber que eu não vou te machucar, minha querida (s/a)... já deveria ter entendido que eu não sei mais existir sem você.-Inês comentou segurando meu queixo com cuidado e me encarando antes de grudar nossos lábios de forma gentil.
-Isso pode te matar, Inês.-Comentei grudando minha testa na dela enquanto minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto.
-Não se isso for nossa casa,meu bem...seja minha,(s/n)...me deixe ser sua...a sua Cuca.-Inês pediu acariciando meu rosto com cuidado antes de seus olhos se tornarem brancos e seu corpo cair em frente ao meu.
-Não! Não! NÃO!-Gritei desesperada tentando acordar ela.

Acordei suada me sentando na cama vermelha sem entender como havia parado ali respirando fundo ao ver Inês encostada na parede segurando uma xícara de chá.

-Você está bem...foi apenas um pesadelo.-Inês comentou antes de me estender a xícara de chá.

-Como você sabe?-Questionei curiosa enquanto me levantava da cama.

-Você estava gritando Não um tanto desesperada...se fosse bom acho que estaria de outro jeito.-Inês comentou como se fosse óbvio antes de beber um pouco do chá que eu havia recusado.

-Você tem razão...de qualquer forma eu agradeço por tudo mas eu tenho que ir.-Comentei pegando minhas roupas e colocando dentro de uma sacola.

-Se precisar de um lugar pra ficar pode voltar aqui... nesse cartão tem meu número e o endereço.-Inês comentou me entregando o cartão eu sorri minimamente.

-Obrigada,Inês.-Comentei guardando o cartão no bolso da calça antes de sair do bar indo pegar alguns pertences pra poder procurar um emprego.

QUASE ONZE E MEIA DA NOITE...

Ponto de vista da Inês da Luz

Eu estava separando algumas ervas quando meu celular tocou me fazendo franzir a testa antes de atender.

-Alô?-Questionei sentindo uma sensação estranha apertar meu peito.

-Inês?Inês da Luz?-Uma voz de mulher questionou parecendo nervosa.

-Sim ela mesma...quem é?-Questionei mais curiosa ainda.

-Aqui é Márcia da Polícia Florestal...achamos seu cartão no bolso de uma moça que foi espancada e jogada na floresta.-A moça respondeu e eu me apoiei na mesa tentando absorver o que ela havia dito.

-A (s/n) foi espancada?Aonde ela tá?-Questionei enquanto andava até o andar de cima.

-Ela está no IML ...ta fazendo exame de corpo de delito.-A moça respondeu e eu respirei fundo vestindo meu casaco.

-Eu tô indo.-Comentei antes de desligar fechando a porta de casa e me transformando em borboleta pra chegar mais rápido voltando ao normal na esquina do IML.

-Oi...eu tô aqui pra ver (s/n) a moça que a Polícia Florestal achou espancada na floresta.-Comentei ao chegar no balcão e a moça ergueu o distintivo pra mim.

-Eu sou Márcia...nós nos falamos pelo telefone...o que você é da (s/n)?-A policial questionou parecendo desconfiada e eu respirei fundo tentando pensar em algo que a faria me deixar passar.

-Namorada...eu sou a namorada dela...a avó dela a expulsou de casa ontem a noite e ela passou a noite comigo...hoje cedo ela saiu pra buscar algumas coisas lá...roupas,outros documentos e o celular e não voltou nem me ligou.-Comentei deixando transparecer minha preocupação e a policial respirou fundo.

-Você acha que a avó bateu nela ou pediu pra alguém fazer isso?-A policial questionou curiosa e eu respirei fundo.

-Não sei...e no momento eu não me importo...posso ver ela?-Questionei curiosa tentando evitar mais perguntas.

-Por aqui.-A policial comentou me guiando até a sala onde (s/n) se encolhia contra a maca me fazendo ofegar ao perceber os machucados em seu rosto e alguns roxos em seu corpo.

-Oh meu bem!-Comentei me aproximando devagar e  abraçando (s/n) com cuidado beijando seu cabelo.

-Inês...o que?-(s/n) sussurrou confusa enquanto eu a abraçava escondendo meu rosto em seu pescoço.

-Ela acha que sou sua namorada...aja como tal e logo sairemos daqui.-Sussurrei no ouvido de (s/n) sorrindo minimamente ao ver ela se arrepiar antes de assentir voltando a me abraçar derrubando algumas lágrimas em meu casaco.

-Eu...eles...eu tentei correr...eu juro que tentei,amor.-(s/n) comentou e eu respirei fundo acariciando seu cabelo ao sentir a dor em sua voz.

-Shiuuu...está tudo bem,querida...-Comentei tirando meu casaco e colocando em (s/n) antes de beijar sua testa encarando a policial.

-Ache os responsáveis...eu quero eles presos.-Comentei antes de ajudar (s/n) a levantar da maca abraçando sua cintura enquanto andava até a porta.

-Eles te interrogaram?-Questionei em um sussurro enquanto pensava se deveria carregar ela até o bar.

-Você sabe que sim e não...eu não quero falar sobre isso...só quero descansar.-(s/n) comentou enquanto andava ainda agarrada em meus ombros me fazendo respirar fundo.

-Você vai fazer isso depois de um banho e uma xícara de chá,meu bem.-Comentei destrancando a porta do bar antes de pegar (s/n) no colo com facilidade.

-Me coloca no chão...eu ainda posso andar.-(s/n) comentou me encarando e eu sorri minimamente antes de encarar de volta.

-Mas eu não quero...me deixe cuidar de você...pelo menos por hoje,(s/n).-Pedi observando ela respirar fundo e assentir antes de encostar a cabeça em meu ombro arranhando minha nuca pra ter certeza de que eu não a soltaria.

-Deveria aprender a não duvidar de mim,meu bem...eu sempre vou encontrar e cuidar de você.-Comentei enquanto levava (s/n) até o banheiro a colocando com cuidado no chão.

-Vou pegar uma roupa limpa pra você.-Comentei beijando a testa dela antes de me virar sentindo sua mão segurar meu pulso.

-Você é ela...-(s/n) comentou e eu a olhei confusa sem entender a quem ela se referia.

-Nana neném...a Cuca vem pegar...-(s/n) cantarolou apontando pra mim e eu a encarei vendo ela sorrir minimamente.

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