lina

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Após passar a manhã inteira no pronto atendimento do hospital que Namjoon a indicou que fosse — e que seu plano de saúde cobria parte dos valores, claro — ela sorriu educada a recepcionista que abriu a porta para a auxiliar, já que tentava se equi...

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Após passar a manhã inteira no pronto atendimento do hospital que Namjoon a indicou que fosse — e que seu plano de saúde cobria parte dos valores, claro — ela sorriu educada a recepcionista que abriu a porta para a auxiliar, já que tentava se equilibrar nas duas muletas.

Saiu do estabelecimento e encarou o outro lado da rua sem saber o que pensar. Ela sequer conseguia imaginar o que seria passar um mês com aquela bota ortopédica e dependendo de muletas para conseguir se colocar de pé.

O que Lina queria muito acreditar ser apenas uma pequena torção, na verdade, era uma subluxação e o próprio médico ficou surpreso quando ela respondeu há quantos dias estava com o pé daquele jeito. Após ser examinada, seguido de uma bronca quando acrescentou ser dançarina e que tinha o forçado mais ainda no dia anterior, a recomendação foi repouso, anti-inflamatórios e gelo. E ela precisava voltar porque devido o esforço seguido nas apresentações, ainda poderia precisar de fisioterapia. Se demorasse mais um pouco para começar o tratamento e continuasse a forçar o pé como estava fazendo, talvez agravasse mais ainda e precisasse até mesmo de uma cirurgia.

Lina conseguia imaginar direitinho a cara dos amigos quando a vissem chegar daquele jeito no bar. Eles, que insistiram para acompanhar na consulta, mas que ela não aceitou de jeito nenhum porque não queria incomodar.

Respirou fundo e voltou a tentar caminhar se equilibrando com aqueles negócios. Parou no meio da calçada quando um garotinho bochechudo surgiu bem na sua frente e a encarou com olhos amendoados e curiosos.

— Você precisa de ajuda, moça?

Apesar do momento não ser tão bom, ela não conseguiu não sorrir.

Depois levantou o olhar a tempo de ver um rapaz alto e de cabelos escuros se aproximar dos dois, também correndo.

— Desculpa se ele falou alguma besteira — ele pareceu desesperado. Se abaixou virando o menino para ele e acrescentou: — Ben, eu te pedi para não correr, não foi? Sua mãe me prometeu que você estava mais comportado agora. Não sei como eu acreditei nisso e sei menos ainda como acreditei ser uma boa ideia descer com você.

— Ele não falou nada de mais. Na verdade, até foi muito educado e veio me oferecer ajuda. — Lina defendeu. O rapaz arregalou os olhos quando encarou a bota ortopédica e depois se pôs de pé.

— Desculpa... Hm... Você precisa de ajuda? — ele perguntou com uma expressão constrangida.

— Ei! Eu perguntei primeiro — Benjamin reclamou.

— É, ele perguntou primeiro mesmo — Lina devolveu e o garotinho sorriu mostrando as covinhas.

— Você tá indo para sua casa? — Ben perguntou, curioso. Taehyung abriu a boca, mas fechou. Criança sendo criança e não tendo filtro para fazer perguntas. Nada de novo. Mas ele não estava nem um pouco acostumado com aquilo.

— Eu vim ao médico e a minha consulta acabou antes do esperado, então preciso esperar a carona de um amigo que disse que iria me buscar — Lina fez bico, respondendo ao garotinho.

— Hm... então você quer ficar com a gente enquanto você espera seu amigo? Você pode ficar sentada com ele já que sua perna tá dodói. Você ia ficar sozinho mesmo, né? — encarou Taehyung.

— Ben?! — o mais alto resmungou entredentes, segurando o menininho de leve pelo ombro.

— O quê?

— Nós não queremos incomodar a moça, não é?

— Ué, mas aí você não precisa ficar sozinho. Ela é adulta igual a você e vocês podem conversar enquanto eu brinco no parquinho. Você não vai brincar comigo mesmo...

Aish, que criança... — Taehyung levou a mão à testa, e arfou constrangido demais. — Olha, desculpa. Desculpa mesmo. A mãe dele me jurou que...

— Não tem problema. Eu iria adorar esperar com vocês — o interrompeu. Meio atrapalhada, segurou as duas muletas com uma das mãos e esticou a mão livre para ele, o convidando para um aperto — Prazer, eu sou Kang Lina, e você é?

— Taehyung. Kim Taehyung. — meio desnorteado, ele apertou a mão dela de volta.

Blue & GreyOnde histórias criam vida. Descubra agora