Quebrada

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Tudo estava indo de mal a pior.

Seu filho mais velho estava cada vez mais estressado e nervoso com os rumos que a guerra estava seguindo e pela perda do filho. 

Todos os senhores do tridente agora estavam do lado de Daemon, os únicos legalistas que existiam em favor dos verdes haviam sido derrotados recentemente em batalha.

Larys Strong foi quem lhes deu informações sobre a batalha que se seguiu.

Lorde Samwell Blackwood, após atrair o inimigo queimando suas terras, havia esmagado de surpresa o poderoso exército de lorde Bracken; com o Sor Emos Bracken ainda teve a satisfação de matar o seu inimigo antes de morrer em campo.

O exército de Sor Emos tentou recuar, mas para a infelicidade dos sobreviventes, Daemon e os outros lordes haviam conquistado o castelo deles e, tal como foi em Harrenhal, nenhum castelo pode lutar contra o fogo de um dragão.

—Para salvar a esposa e os filhos de lorde Bracken, seu meio-irmão bastardo acabou por se render—Disse Lorde Larys.

Tanto nos seria útil se ele os tivesse salvado ou os deixado morrer.

—Imagino que todos os nossos apoiadores também deixaram nossa causa após essa vitória esmagadora?—Perguntou Alicent, embora não fosse necessário.

—Temo que sim, Vossa Graça—Ele respondeu.—O único consolo que posso lhe dar, é que a batalha do moinho destruiu ambos os exércitos.

—Mas Daemon ainda é o vencedor—Ela disse—Isso não nos ajuda em nada! Se for falar algo para me alegrar, me avise quando a vadia de minha enteada e sua prole bastarda estiverem ardendo no sétimo inferno!

Daemon Targaryen, como sempre, ainda era uma temível sombra alada que queimava todos os seus planos 

Após isso, o Rei Aegon ficou cada vez mais abalado; nunca passou pela sua cabeça que a causa de sua meia-irmã fosse tão forte assim.

—Como podem apoiá-la?—Ele lhe perguntou uma vez; meio-irritado meio-assustado—Não sou eu quem insiste em colocar bastardos no trono, não sou eu quem está contra os precedentes! Não fui eu quem mandou matar uma criança e obrigou a mãe escolher qual ia morrer! Como podem apoiar a prostituta de Daemon e não a mim!?

—Fique calmo, querido—Ela disse—, Garanto que o vosso avô vai cuidar de tudo!

Ele apertou os olhos e deu um longo gole de vinho. Ele estava bebendo cada vez mais.

—A senhora já disse isso—Ele reclamou—Meu avô se provou um Mão inútil… Meu filho morreu pela fraqueza dele.

—Dê tempo ao tempo—Ela tentou acalmá-lo—Logo tudo vai se resolver.

Mas não adiantava, a Campina estava cada vez mais dividida, Dorne não aceitou a oferta deles, nem mesmo os Homens das ilhas de ferro.

As coisas estavam tão desesperadoras que uma vez o Rei entrou nos aposentos de seu Mão e jogou o tinteiro no colo dele.

— Tronos são conquistados com espadas, não penas. Derrame sangue, não tinta!

–Já mandei meu sobrinho cuidar dos inimigos–Disse Otto–Ele logo estará marchando contra eles, e a casa Tyrell poderá até voltar a nos apoiar.

Mas nada que o pai dela estivesse planejando poderia resolver as coisas da forma rápida que o Rei queria.

Cada vez mais comerciantes vinham reclamar com o Rei, dizendo que já pagaram o que lhe era devido e queriam sair; mas o Lorde Corlys Velaryon estava bloqueando o caminho da Goela. Eles estavam presos.

Alicent Hightower: A rainha dos verdesOnde histórias criam vida. Descubra agora