[02] Mattia Salvatore

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Devem estar se perguntando: por que ainda não me matei

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Devem estar se perguntando: por que ainda não me matei. Pra falar a real, nem eu sei.

Inventei para minha mãe que iria para a casa do Seokjin, bom... era mentira. Fui andando até a festa de Jeon Taehyung, pois tenho por regra: beber e não andar de bicicleta. Chegando lá, fui direto ao banheiro e dei uma cheirada em três carreiras de pó.

A tontura já habitava em meu corpo, tropecei e esbarrei com algumas pessoas até sentar no sofá grande e vazio que ficava na área da piscina, que também estava vazia.

— Cacete, Jimin! — Estava vazio até que Namjoon chegou já sentando no braço do sofá.

— Que foi? Que foi? — Perguntei enquando dava mais uma tragada na maconha.

— Qual é cara? Você me deve $120.

— Desculpe cara, eu esqueci. — Entrego o pequeno cigarro para ele e antes de da a primeira tragada, o mesmo fala:

— Você sabe que eu não brinco. — Da a primeira tragada na maconha. — Sendo sincero, esse seu lance com drogas me deixa um pouco preocupado. — E ali eu sabia que viria mais um sermão.

— Por favor, Nam, não comece a chorar. — Minha voz soava rouca e baixa por conta das porcarias.

— Não... é que, eu gosto de você. Fiquei com saudade. Aquilo tudo no começo do verão me assustou.

— Você e todo mundo. — Minha voz sai sonolenta.

— É sério, Jimin. Vi muita gente morrer. Ninguém como você.

— Eu entendo. Mas sabe que eu preciso. Vai continuar me vendendo, né Namjoon?

— Você é muito doido. Tô chapado de mais para ter essa conversa agora. — Ele bate no meu ombro e rir, então logo sai da área.

Fechei os olhos, a única coisa que ouvia era a música abafada tocando no outro cômodo, me esforçava para respirar ar puro, mas o que vinha em minhas narinas era somente o cheio forte de maconha.

— O ruivinho drogado. Então é você. — Abro meus olhos tentando enchergar o dono da voz.

Alto, cabelos negros - e longo - a franja escorrida pela testa, o restante dos fios estavam amarrados à um coque. Olhos pretos, pele branca, nariz pouco grande, lábios finos, boca pequena e bem desenhada - a pinta de baixo da mesma foi o que chamou minha atenção. - Usava roupas largas e desajeitadas. A única tatuagem visível era a de seu pescoço: asas. E seus vários piercings, um deles pouco visível por conta da franja que cobria a sobrancelha. Outro no septo, e vários na orelha.

— "Ruivinho drogado" é como me chamam aqui agora? — Quem era ele? Nunca havia lhe visto antes.

— Não sei, talvez, ou talvez somente eu mesmo o chame assim. — O sorriso de lado brotou em sua face, fazendo fiscar uma pequena ruga na maçã de seu rosto.

EUPHORIA | Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora