[07] Mi tranquillizza

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Eu estava à beira do desespero, afundando em um mar de confusão e angústia

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Eu estava à beira do desespero, afundando em um mar de confusão e angústia. A água que penetrava em minha boca era um reflexo da luta interna que eu travava, um dilema entre a vontade de sobreviver e o desejo de sucumbir aos meus problemas. A sensação de sufocamento se intensificava, e a falta de oxigênio começava a deixar minha pele com um tom azuláceo, quase etéreo. Eu estava no fundo do poço, ou melhor, no fundo da banheira.

- JIMIN! - sentindo o ar voltar a fluir para meus pulmões quando fui puxado para fora da água de maneira abrupta. A realidade me atingiu como uma onda poderosa. - Que porra você está fazendo?!

- Eu... eu... - as palavras falhavam em me acompanhar. A tosse incontrolável tomou conta de mim enquanto tentava recuperar o fôlego perdido.

- Vem, anda! - ele insistiu, tentando me puxar para fora da banheira com uma determinação que beirava a preocupação.

- Não! - respirei profundamente, tentando organizar meus pensamentos confusos. - Estou nu. Saia para que eu possa me vestir.

- Não vou deixá-lo sozinho, ruivinho. - Sua voz carregava um tom firme, mas ao mesmo tempo preocupado.

- Eu prometo que não vou fazer nada. Pode ficar tranquilo. - Na verdade, naquele momento, eu só queria escapar dos meus próprios pensamentos sombrios.

- Eu estava calmo até alguns minutos atrás. - Ele disse isso enquanto eu lhe lançava um olhar significativo. - Por favor, não tente nada.

Após sua saída apressada do banheiro, fiquei ali por um instante, tentando processar o que havia ocorrido. Enquanto uma parte de mim lutava para respirar e retornar à realidade, outra parte desejava permanecer ali na imersão da água até que tudo se dissolvesse ao meu redor.

Levantei-me lentamente da banheira, envolvendo-me em uma toalha macia e olhando ao redor do cômodo. Meu olhar se deteve em um banquinho onde repousava uma cueca Calvin Klein ainda embalada e uma camisa preta que pareciam ter sido deixadas ali por acaso.

Depois de me vestir rapidamente, saí do banheiro e me deparei com Jungkook estendido sobre a cama, sem blusa e com os braços abertos em uma posição relaxada. Ele tinha apenas a cabeça voltada na minha direção.

- Você poderia me emprestar um short? - perguntei hesitante, questionando se era demais pedir algo tão simples.

Jungkook não respondeu imediatamente; ele apenas me observou na mesma posição, como se estivesse paralisado pela situação inesperada. Ao notar seu olhar fixo nas minhas coxas expostas pela toalha, senti meu rosto esquentar instantaneamente, o nervosismo inundando meu ser.

- Jungkook? - chamei sua atenção com um tom hesitante.

- Ah... An... na verdade não posso; é que nem todas as minhas roupas estão aqui ainda. - Ele desviou rapidamente o olhar para o meu rosto antes que seus olhos descessem novamente para as minhas coxas expostas. O nervosismo dele era palpável; ele engoliu em seco e direcionou seu olhar para outra parte do ambiente.

- Jungkook? Então...

- Você se sentiria confortável se eu dormisse na cama com você?

A pergunta pairou no ar como uma névoa densa; ele realmente não queria abordar o que havia acontecido na banheira?

- O que é isso? Não, não precisa se preocupar; afinal, a cama é sua.

- Sim, mas você é meu convidado. Se sentir desconforto com alguma coisa, por favor me avise. - As palavras dele eram gentis e refletiam uma preocupação genuína; Jungkook era realmente bondoso comigo mesmo após tão pouco tempo juntos.

Enquanto ponderávamos sobre a situação desconfortável em que nos encontrávamos, percebi que havia algo mais profundo nas interações entre nós dois; um laço começando a se formar em meio à vulnerabilidade compartilhada.

Era uma noite tranquila, e a suavidade do ambiente envolvia tudo ao nosso redor. Eu me deitei na cama de bruços, observando o homem ao meu lado, que se encontrava em um estado de quase sono profundo. Seus olhos estavam quase fechados, mas a luz suave que entrava pela janela iluminava seu rosto de uma maneira que destacava seus traços marcantes.

- Você é tão belo - murmurou em um sussurro, a voz saindo quase como um eco do seu coração.

- O quê? - minha voz soou baixa e sonolenta. Não conseguia discernir se ele se referia a mim ou a algum sonho distante. A curiosidade me levou a perguntar: - Jungkook?

No entanto, ao olhar novamente, percebi que ele já havia mergulhado em um sono profundo, seus olhos agora completamente fechados. Apenas o som suave e rítmico de sua respiração preenchia o silêncio do quarto. Ele parecia um anjo adormecido, imerso em um mundo de sonhos.

Fechei meus olhos também, permitindo que a tranquilidade dessa noite me envolvesse. Foi então que senti uma leve pressão sobre minha mão; uma pele quente tocava a minha suavemente. Senti dedos longos entrelaçando-se nos meus, e um breve suspiro escapou dos meus lábios em um misto de surpresa e alívio. A presença dele era como um bálsamo para a minha alma inquieta.

Conforme me acalmava com essa conexão silenciosa, percebi como aquele momento era precioso. O calor da sua mão entrelaçada à minha trazia uma sensação de segurança indescritível. Era como se estivéssemos compartilhando não apenas o espaço físico, mas também um laço emocional profundo e significativo.

A noite avançava lentamente, e eu deixei que meus pensamentos flutuassem livremente, refletindo sobre o que significava ter Jungkook ao meu lado. A paz que emanava dele me envolvia em um manto de conforto e amor, enquanto eu me permitia afundar na suavidade do sono que se aproximava.

Continua...

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