Cap. 25 - Violação da Confiança

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Seis meses antes

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Seis meses antes

Camila

— Sabe o que é Rede Drummond? — perguntei.

Aiden estava na sala do apartamento dele, corrigindo provas enquanto eu lia meus e-mails na cozinha.

— Hum?

— Está na fatura do seu cartão de crédito, cento e noventa e dois dólares. Todos os outros gastos eu reconheço.

Aiden olhou para mim.

— Por que está vendo a fatura do meu cartão?

— Porque eles mandam para o meu e-mail. Lembra que há alguns meses eu recebi um comunicado do Bank of America informando que as faturas não seriam mais impressas, que você teria que solicitar o envio pelo correio se não selecionasse opção eletrônica? Você pediu para usar meu e-mail, porque o seu é do trabalho e tudo acaba indo para o lixo eletrônico.

— Pensei que estivesse falando da fatura da nossa conta conjunta.

— Não, é do seu cartão de crédito.

— Há quanto tempo você recebe por e-mail?

— Há uns dois meses, acho. Em geral nem tem
movimentação. Você quase não usa o cartão. No mês passado, a fatura veio zerada.

A expressão de Aiden me incomodou.

— Algum problema? — perguntei. — Não quer que eu veja seus gastos?

Ele jogou a caneta em cima da pilha de provas e desviou o olhar.

— É claro que não. Só não sabia que não receberia mais a fatura impressa.

— Entendi... E você sabe que cobrança é essa, da Rede Drummond?

— Nem imagino. Só usei o cartão para pagar o jantar no Alfredo's, quando estivemos lá há algumas semanas. Deve ser algum engano. Vou acessar a conta on-line mais tarde e contestar.

— Quer que eu faça isso? Já estou on-line.

— Não, tudo bem. Eu resolvo.

Alguma coisa não encaixava. Mas deixei passar. Afinal, Aiden e eu já tínhamos brigado algumas vezes nos últimos meses por desconfianças.

Teve a vez em que vi uma mensagem estranha no celular dele e outra vez quando ele disse que ia para o escritório dele na faculdade corrigir provas, coisa que em geral fazia de casa. Decidi surpreendê-lo com o almoço, porque ele estava trabalhando demais e não o encontrei lá. E recentemente ele começou a chegar em casa cheirando a perfume e ficou na defensiva quando perguntei o motivo, gritando que, se eu não deixasse o apartamento inteiro sempre cheirando a perfume das amostras de uma empresa que nem existia, as roupas dele não teriam aquele cheiro de puteiro barato.

CAMREN: Convite Inesperado (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora