— Aonde vão?
Seokjin tentou não se assustar, na manhã seguinte, enquanto acomodava Min-jeung na cadeira de rodas. Dois criados suavam sem parar por terem-na descido na cadeira até o hall da mansão. Terminou de ajeitar a manta sobre as pernas da tia de Taehyung e ergueu-se para encarar o visconde.
— Vamos dar um passeio no parque. — Seokjin agradeceu aos criados e empurrou a cadeira em direção à porta. Vestida, como sempre, de preto, Min-a aceitou o xale e a sombrinha que Dawkins lhe oferecia. — E pensei que tivesse deixado claro que não o queria me espionando o tempo todo.
O alfa o fitou da cabeça aos pés, como se não conseguisse conter seus instintos alfas diante dele.
— Espere. — Taehyung tirou uma caixa estreita do bolso. — Isto é para você.
Seokjin sabia o que era; ele lhe dera muitos nos últimos seis anos.
— Tem certeza de que vale a pena continuar a me armar? — ele indagou ao abrir a caixa.
O leque era azul-claro e, quando aberto, revelava o desenho de um pombo no delicado papel de arroz. Era irritante notar que Taehyung sempre sabia do que ele iria gostar.
— Creio que sim. Dessa forma, saberei o que vai me atingir — ele retrucou, olhando para as tias. — Por falar nisso, não preferem usar o coche?
— Queremos nos exercitar, e não a seus cavalos.
— Poderíamos nos exercitar juntos.
Seokjin ruborizou. Podia perceber no tom usado pelo alfa a que tipo de atividade ele se referia.
Em presença das tias, não ousou dar a resposta que ele merecia.
— Nesse caso, talvez você saia machucado. — Foi o melhor que ele pôde fazer, enquanto abria e fechava seu novo leque.
— Talvez eu esteja disposto a correr o risco. — Taehyung sorriu. — E talvez você se exercite mais do que imagina ao empurrar essa cadeira pelo Hyde Park.
— Agradeço a preocupação, mas não será necessário. — Precisava ser gentil com Taehyung, lembrou a si mesmo.
— Vou com vocês. O fato de não ser necessário não significa nada.
— Significa, sim...
O irmão caçula de dez anos, Beomgyu, desceu a escada correndo.
— Também vou ao Hyde Park. Quero montar meu cavalo novo.
— Mais tarde, Beomgyu — Taehyung retrucou. — Não posso ensiná-lo a montar e empurrar a cadeira de tia Min-jeung ao mesmo tempo.
— Eu lhe darei aulas de montaria — Jungkook se ofereceu, no topo da escada.
— Pensei que tivesse se juntado à Marinha, não à Cavalaria.
— A Cavalaria não me interessa porque já sei tudo o que há para saber a respeito de cavalos.
Taehyung parecia irritado, o que fez Seokjin sorrir com sinceridade.
— Quanto mais, melhor. É o que sempre digo. — O ômega recuou para que Taehyung se encarregasse da cadeira de rodas.
Quando se reuniram diante da mansão, onde Beomgyu, seu cavalo e Jungkook os aguardavam, formavam um grupo de oito pessoas, incluindo os cinco irmãos Jeon. Taehyung olhou para Yeonjun, que trotava pela alameda, e para Namjoon, que o seguia logo atrás, mancando levemente.
— Jungkook está ensinando o Beomgyu — ele resmungou, empurrando a tia pela rua de pedregulhos. — Por que o resto de vocês também veio?
— Estou auxiliando o Jungkook — Yeonjun respondeu, posicionando-se ao lado de Jungkook.
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Lições de amor a um cretino | Taejin
RandomNo passado, o notório visconde Jeon Taehyung seduzira o lorde Seokjin somente para ganhar uma aposta. Mas agora ele iria pagar caro. O plano era simples: o lindo e notável Kim Seokjin usaria cada artimanha sedutora que conhecia, com o intuito de co...