Capítulo 22 - Confissões

66 8 2
                                    

Adora Grayskull's

Eu estava no quarto de Catra. Nós estávamos deitadas em um abraço. Catra estava de olhos fechados deitada em meu peito enquanto eu encostava o meu queixo em sua cabeça. Estávamos em silêncio totalmente, apenas aproveitando o momento.

Catra estava de olhos fechados, parada, imóvel. Por um momento, achei que estivesse dormindo, até que ela se remexeu e olhou para mim.

Seus olhos estavam claros com uma tonalidade clara. Sua expressão calma e quase indecifrável. As vezes me pergunto como eu estava aqui. Por quanto tempo isso iria durar. Será que isso iria acabar? Vendo assim, parece que virei filósofa.

Questionamentos, perguntas, dúvidas. Catra com certeza iria dizer para esquecer os problemas do futuro e focar no presente, mas, será possível não olhar para o futuro é o temer?

Talvez, por hora, seria bom esquecer.

Voltei a olhar para a latina que estava focada em mim.

- Hey, Dora? - chamou a mulher.

- Sim?

- Você nunca me contou o que aconteceu com você no passado. Você sempre fala que não gostava de casa é que não gostava de sua família, principalmente de seus pais. Por que?.- ela queria saber disso agora? Nesse momento?

Esse pergunta me pegou de supresa como uma bala no peito. Não era tão difícil fala sobre isso com uma pessoa como Catra. Eu sabia que teria que conta para ela se eu quisesse algo com ela, mas agora?

Suspirei pensando em uma resposta se falava ou não. Catra percebendo de minha reação logo voltou para meu peito.

- Não precisa conta. Foi uma ideia burra. Desculpa.

- Não, não. Não foi uma ideia burra e não precisa se desculpa, só me pegou de supresa.- falei mordendo o lábio inferior.

Cara havia percebido que eu estava desconfortável, então, apenas resolveu fica em silêncio enquanto fazia carinho nas minhas costas.

- Hey.- ela falou contra meu peito.

- Sim?- respondi.

- Bom, sei que parece estranho,mas- Adora, você realmente tem certeza do que sente? Tem certeza de que é isso que realmente deseja? Porque, olhe para mim, não sou uma pessoa muito aconselhada a ama. Eu acho que nem sei ama as outras pessoas.

Ela não ousou me olhar nem por um segundo. Ela estava com medo, como sempre tinha. Eu não precisava olhar eles para saber de que, estava chorando. Suspirei e coloquei uma de minha mãos em sua cabeça, pressionando para de que, alguma maneira, ela não saísse dali, saísse sem mais nem menos.

Era incrível que ela conseguia sair de um assunto para outro de uma hora para outra. Era perturbado que, quando isso acontecia, ela estava tendo uma leve crise. Por mais que ela não demonstrasse para ninguém. Catra tinha seus momentos de crises.

Era horrível ouvi-la dizer que não era boa em nada que fazia, não merecia amor, que seus pais sempre estavam certos em chama-la de aberração.

Sempre era a mesma coisa.

Mesmas palavras.

Insegurança.

Duvida.

Uma das coisas que mais cortava meu coração era em saber que, quando estava com raiva, ou triste, ou quando alguma coisa saía de seu controle. Ela se batia, chorava, falava para si mesma que não era boa o bastante.

Como uma crise fazia.

Eu acho.

Eu não era boa em relação a isso.

Olhar de uma latina - Catradora Onde histórias criam vida. Descubra agora