Olá meus bons leitores, desculpem pela demora de postar esse capítulo. Prometo que agora sairá toda semana!
Lembrem, está obra é de minha autoria, quaisquer traduções sem minha permissão, assim como cópias não serão admitidos :))
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Cauê pegou em minha mão e mesmo embaixo da água, pude sentir seu calor. Um formigamento começou a surgir na minha espinha e esse pequeno gesto que mesmo que tenha sido algo simples, senti de uma forma bem intima.
Começamos a nadar e pude ver boa parte do que poderia ser considerado como um reino submerso. Um reino feito de cristais que refletiam com as luzes do sol e criava uma cor verde água que eu nunca havia visto antes. As pessoas - ou botos - que viviam ali ou estavam em sua forma humana ou na sua forma animal. Aqueles que estavam em sua forma humana, vestiam roupas brancas que cobriam suas partes íntimas. Mas não apenas isso. As mulheres estavam repletas de joias feitas de pérolas; brincos, pulseiras e colares. Seus cabelos sempre presos em penteados que não atrapalhasse seus nados, contudo, algumas que pareciam ter mais privilégios, tinham seus cabelos soltos. As vestimentas, mesmo que serviam apenas para tampar as partes íntimas, eram repletas de detalhes que variavam em pérolas ou outro, dependendo da pessoa.
Como se estivesse lendo minha mente, Cauê diz:
- Só a realeza possui tons rosados na roupa. Isso trás uma certa diferença dos demais. Mas já antecipo, não é uma cor que nos trás alegria. - Diz com um sorriso amarelado.
- O que essa cor tem a ver? Qual o problema dela? - pergunto continuando a segurar sua mão.
- É uma representação daquilo que sofremos até hoje. Da forma que precisamos viver. Mas deixe disso, quero te mostrar meu palácio. Talvez você goste do que vê. - Cauê muda de expressão e volta a ser aquele Cauê brincalhão que usa da malícia como sua ferramenta de escape.
Pude perceber que Cauê se torna instável de acordo com os assuntos que conversávamos. Eu realmente estava sentindo que ele não estava me contando ⅓ da verdadeira história dessa profecia em que eu estava nela. Muita coisa não se encaixava.
Preferi não falar sobre esse assunto naquele momento e conhecer melhor o que ele tinha a me dizer e mostrar. Talvez com algumas informações a mais, eu pudesse fazer as minhas próprias conclusões.
Assim que adentramos os grandes portões, onde pude ver um grande corredor que era ornamentado por diversas esculturas feitas de cristais. Na verdade, tudo no palácio eram feitos de cristais. A única mudança vinha das suas cores, espessuras e transparências. De fato era incomum, mas não deixava de ser majestoso ver o tamanho do edifício embaixo da água.
Pessoas circulavam pelos corredores e cada vez que se aproximavam, mais me encaravam por conta do iotâkó em meu rosto. Acabei ficando extremamente envergonhada e me estreitei ainda mais ao lado de Cauê, no intuito de me esconder.
Percebendo isso, Cauê esticou seu braço cobrindo meus ombros e me aproximando ainda mais dele de uma forma protetora.- Estou bem, juro! - Digo tentando parecer forte e despreocupada. O que claramente era uma mentira.
- tudo bem. Mas vou continuar desta forma. Só se claro, você se sentir desconfortável e não quiser que eu te toque.
- Obrigada, Cauê. - Toco sua mão que pousa em meu ombro em forma de agradecimento.
Ao fim do corredor, chegamos na porta principal, que já estava aberta e adentramos. O salão provavelmente seria o salão principal. Em frente pude ver três tronos, um maior ao meio e um em cada lado, menores. Ambos possuíam o mesmo design com cristais tortos e pontiagudos da cor branca. Ao centro havia um Hall onde normalmente recebiam as visitas ou provavelmente eram realizados os bailes como todos os castelos.
No trono principal havia uma mulher sentada conversando com um homem abaixo, parecia ser um guarda, já que estava com uma armadura. Não havia expressão no rosto da mulher, mas uma seriedade que indicava que, independente do assunto, deveria ser algo sério.
A mulher parecia ter por volta dos 60 anos se eu já não soubesse que ela tem 350. Era a mãe de Cauê. Suas semelhanças eram notáveis. O tom de pele da rainha era claramente mais escura, literalmente retinta. Ao contrário do filho. Uma mulher magra de cabelos escuros e tranças que iam até a cintura na cor branca. Suas linhas de expressão lhe dava uma sensação de experiência a mais do que a idade indicava.
-Venha, vamos lá. Ela já deve ter terminado de falar com o soldado. Cauê nada em direção a sua mãe mas sem me deixar para trás.
Assim que chegamos a rainha nos olhou e automaticamente mudou a expressão. De forma carinhosa, levantou de seu trono e abraçou o filho que retribuiu o carinho.
-Olá mãe, rainha! Está é a Gabriela. Ela é da superfície e está conhecendo nosso reino. - estendeu o braço para indicar que era de mim que estava falando.
- Muito prazer Gabriela, sou Amana, a rainha da corte cristalina. Seja muito bem vinda! - fez uma breve reverência e retribui o gesto. - estarão aqui para o jantar? Já está anoitecendo e seria muito bom que pudesse passar a noite aqui e ver a nossa visão do reino durante as noites de lua cheia.
-Claro, será uma honra poder estar aqui. Mas já digo que precisarei sair amanhã cedo, já que não avisei minha professora que chegaria no dia seguinte. Ela ficará preocupada se não aparecer. - logo penso nas chamadas que levarei de Sophia se eu simplesmente sumir assim. Um calafrio me desce a espinha só de pensar. - fora que, com isso não vou conseguir ficar até amanhã. - aponto para o iotâkó.
- Não se preocupe com isso minha querida. Aqui temos muitos iguais a esse que você usa, fora que, podemos enviar uma carta sua para sua professora. Claro, se quiser. Mas enquanto você pensa, suba até o terceiro andar que temos excelentes quartos perto aos nossos.
- Levarei ela, pode deixar. Vamos? - diz Cauê.
- Sim, c-claro. Obrigada por tudo rainha. - Me despeço e continuo junto a Cauê.
Assim que saímos do salão, encontramos uma escada e subimos o que deveria ser uns três andares até chegar no corredor dos quartos. Deveria ter no mínimo uns 20 quartos, todos com portas descomunais. Mas tinham três que se diferenciava das demais, com cores azul marinhos estavam os quartos de Amana e Cauê, indicada por nomes.
Mas havia um que não possuía nome, o que me deixou aflita porque simplesmente tinha um quarto igual os dos representantes da coroa.
-Esse quarto é de quem? - Pergunto sabendo que vou receber uma resposta que não vou gostar muito.
- Este quarto era para a pessoa da profecia. Minha mãe já havia feito desde que eu era pequeno, nunca ousei entrar. Mas agora é seu. Não achei estranho. Estávamos esperando por você há muitos anos. Olhe para mim. - Cauê coloca seu dedo em meu queixo me fazendo olhar em seus olhos. - Gabriela, sei que está sobrecarregada, mas eu não quero estragar esse momento porque esperei por tantos anos que nem me lembro mais quando comecei a sonhar com você.
- Cauê, estou bem. É complicado e isso está de fato me sufocando um pouco, mas ao mesmo tempo parece que estou em um sonho. - eu conseguia sentir suas vibrações percorrerem por minhas veias e me deixando arrepiada. Deus, o que esse homem está fazendo comigo?
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♡♡♡♡♡♡Eai meus bons leitores?
O que vocês estão achando da Gabriela e do Cauê?
O que será que ele está escondendo dela?Deixem seus comentários e votem bastante para ajudar essa leitora :))
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O Amanhecer
Romance"O Amanhecer" é uma história envolvente que narra a jornada de Gabriela, uma jovem recém-formada em biologia que decide continuar seus estudos com sua orientadora, Sophia. Quando um incidente na Floresta Amazônica chama a atenção de Sophia, Gabriela...