Necessidade profunda de proteger.

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Eu estava ofegante, sentada num tronco no The Cut, rodeada pelos amigos de JJ

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Eu estava ofegante, sentada num tronco no The Cut, rodeada pelos amigos de JJ. A fogueira queimava lentamente, iluminando os rostos deles com tons alaranjados. John B andava de um lado para o outro, segurando um baseado na mão, a testa franzida.

— O JJ é um filho da puta sem juízo! — resmungava ele, irritado, enquanto Pope tentava acalmá-lo, sem muito sucesso.

Eu me encolhia no tronco, incapaz de saber o que dizer. Tudo parecia um borrão confuso. Foi quando Kiara se arrastou mais perto de mim, oferecendo um pequeno sorriso tranquilizador.

— Meninos são uns idiotas, né? — comentou, baixinho, seu olhar amigável e reconfortante. — Ainda mais quando estão apaixonados.

Soltei uma risada breve, mas não pude evitar zombar.

— JJ não está apaixonado por mim — falei, mas a frase saiu meio sem convicção, especialmente porque a lembrança da conversa entre Lana e JJ mais cedo voltou com força total. Meu estômago se revirou, um frio percorrendo minha espinha.

Kiara riu de leve, balançando a cabeça como se eu tivesse dito a coisa mais ingênua do mundo.

— Só um cego não veria isso, amiga.

Revirei os olhos, tentando desviar da ideia.

— Tá, mas... por que o JJ e o Rafe brigaram mesmo?

Kiara abriu a boca para responder, mas, antes que ela pudesse falar qualquer coisa, John B limpou a garganta, fazendo todos olharem na direção dele.

— Isso é algo que o JJ tem que contar, não a Kiara — disse John B, em um tom que não permitia discussão.

Kiara revirou os olhos com tanta força que achei que eles iam dar uma volta completa. Ela cruzou os braços, batendo o pé no chão, claramente irritada por ter sido interrompida. Eu quase soltei uma risada, mas me contive e, em vez disso, respirei fundo. O alívio veio quando Pope, sempre o diplomata, olhou diretamente para mim, com aquela cara de "mediador da paz".

— Tá mais calma agora, Merliah? — Pope perguntou, num tom tão suave que parecia que ele tava falando com um gatinho assustado.

Dei um pequeno sorriso para Pope, querendo mostrar que estava realmente melhor, mesmo que meu coração ainda estivesse acelerado. Minhas mãos estavam um pouco trêmulas, então esfreguei uma na outra discretamente, tentando disfarçar.

— Sim, tô mais calma. — falei, forçando um tom mais leve para quebrar o clima pesado.

Pope inclinou a cabeça para o lado, me observando com aquele jeito todo cuidadoso dele, como se estivesse checando se eu estava realmente bem ou se era só conversa. Ele parecia estar avaliando cada detalhe, como o bom amigo que é.

— Quer que eu faça um chocolate quente? — ele perguntou de repente, e a oferta me pegou de surpresa. — Sabe, sempre me acalma quando estou ansioso.

Meu querido meio-irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora