07 | 🍁

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— Se liga, caralho! - Empurro Moreira, que estava praticamente em cima de mim.

Bêbado do caralho!

Mermão, já tô estressado. Mal pisei no baile e esses caras já estavam loucos pra caralho, cheirando sem controle e praticamente comendo mulheres ao vivo.

Essas porra enche minha paciência, te falar.

— Ih, ala! - Dani me cutuca com o cotovelo, fazendo eu olhar pra frente. — Cabelo vai enlouquecer.

Ri, pela primeira vez, sabendo que era verdade. A irmã dele estava entrando no camarote com suas amigas.

Vestido preto colado, tomara que caia, saltão branco e uma maquiagem pra foder qualquer um. Nipe de patroa mermo.

Cheguei me incomodar de tanto olhar. Garota gostosa é do caralho, mané!

Ela fala com todo mundo e vai até o barzinho que tinha ali, enquanto suas amigas se sentavam na mesa que a gente tava. Volta segundos depois com uma latinha em mãos.

— Oh, Deus! Oh, Jesus! - Victor chega ao meu lado, lamentando, enquanto olhava a irmã rir. — Eu num vô me aguentar, vou me matar, cara. Papo retão.

Solto uma risada, vendo a expressão que ele estava fazendo.

O funk pesadão estourava, e várias mulheres rebolavam no camarote, menos as nega lá. Tudo sentadinhas conversando. Mas minutos depois, as quatro descem as escadas, rindo.

Já estavam avoadinhas já.

Me levanto, indo até a grade, observando elas lá embaixo. Tudo dançando, inclusive a irmã do Cabelinho.

Toda soltinha, balançando aquela bunda dos deuses, enquanto bebia.

— Eu desisto, véi. Essas safadas desceram lá pra baixo, pra pista, piorando essa merda

— Para de reclamar e vai atrás de mulher, meu mano. Tu é chato, hein.

Reclamo, ouvindo cabelinho bufar de raiva e sair de perto, indo pra mesa.

A outra continuava lá, com um sorrisão na boca, chamando atenção. Sentindo meus olhos sobre ela, Mariana me encara de lá, e sorri diretamente pra mim.

Puta que pariu!

Ela dessa vez, continua rebolando, só que de costas para mim. Tenho certeza que essa diaba estava fazendo isso para me provocar.

E conseguiu. Desgraçada!

Essa garota sabia que era uma arma ambulante. Ela sabia.

Ela para de dançar, falando alguma coisa no ouvido de Isabella, deixa a latinha com a amiga, e começa a andar, provavelmente indo ao banheiro. Ela passa com dificuldade por algumas pessoas e depois some da minha vista.

Sem pensar muito, desço as escadas, indo até o banheiro. Mando as pessoas da fila vazarem e eu bato na porta, esperando ela abrir.

— Tá ocupado, miséria!

Sem conseguir conter, dou uma gargalhada, ouvindo seu xingamento.

No momento em que ela abre, eu empurro ela para dentro com meu corpo e ela arregala os olhos para mim.

— Oxe, menino. Tá louco, é?

“Oxe.”

Acho gostosinho de ouvir ela falando. Meu pau dá até sinal de vida. Tô doido pra ouvir ela gemendo por baixo de mim, sem caô.

Só tô observando ela de longe. Gata pra caralho. Rende pra ninguém. Boquinha afiada e corpo de matar.

— Gosto pra caralho quando cê fala assim, sabia? - Falo, com a boca em sua orelha. Vejo ela se arrepiar e eu fico mais animado.

Eu também fazia efeito nela.

— Gosta, é? - Pergunta, toda mansinha.

Ah, garota!

— Até demais. - Seguro sua cintura forte fazendo ela arfar.

Sem fazer cerimônia, eu grudo em seus lábios. Aperto o cabelo dela, enfiando minha língua em sua boca. Ela sobe as mãos para meu pescoço e arranha o local, fazendo o lugar se arrepiar, em satisfação.

Aproveito cada canto da boca dela, enquanto sentia ela se apertar mais contra mim.

Meu pau já estava duro pra caralho e eu faço questão de mostrar isso pra ela.

Mordo seu lábio inferior, interrompendo o beijo, por falta de ar. Aperto sua bunda, e ela sorri.

Safada!

Mariana abre os olhos, me olhando com desejo e eu quase rasgo sua roupa, mas me controlo.

Tô doido pra foder essa garota.

Dou uma risada interna, sabendo que Cabelinho iria me matar.

— Hm. - Coça a garganta. — Acho que vou voltar, antes que sintam minha falta.

Antes de qualquer reação minha, ela cola seus lábios nos meus novamente, deixando um longo selinho, como se quisesse sentir de novo e se solta de mim, saindo do banheiro.

Não sou de beijar, na real. Não curto muito. Nunca gostei, mas eu agora estava querendo grudar naquela boquinha carnuda e não soltar mais.

Coço a cabeça e saio do banheiro depois que consegui fazer meu pau voltar a dormir. Coisa que deu trabalho, já que eu sentia minhas mãos coladas na garota ainda.

Garota desgraçada de gostosa, mané!

Ou essa mulher é a mais gostosa que eu já vi, ou ela fez foi macumba, papo reto mesmo. Tem nem lógica.

Eu vou foder ela, e o Cabelinho que se vire com a loucura dele pra lá.

Baianinha - Filipe Ret [ Morro ]Onde histórias criam vida. Descubra agora