08 | 🌸

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— Eu fico no segundo andar, meu amor. Qualquer coisa, você vai lá me gritar, ou no restaurante. – Solange fala, antes de sair pela porta.

Eu havia trocado, ao invés de ficar na outra casa, vim ficar aqui no apartamento que Solange estava alugando. Era bem mais espaçoso, e ela diminuiu o aluguel pra mim, coisa que me deixou extremamente feliz.

Os meninos trouxeram os móveis e já estavam todos aqui, no seu devido lugar. Eu estava finalmente criando raízes novamente aqui.

— Oi, amor. – Atendo Aline, no segundo toque.

— Amiga, tem horário amanhã?

— Você quer fazer o que, meu bem?

— Era uma progressiva, gatinha. Mas eu preciso sair do salão antes das cinco.

— Olha, eu não consigo fazer uma progressiva. – Falo, olhando minha agenda digital, enquanto a chamada estava no viva-voz. — Eu consigo, antes das cinco, uma hidratação e escova, o máximo que eu consigo. Só posso fazer progressiva às seis, porque tenho uma escova para cinco e vinte.

— Hm... – Aline suspira, pensando. — Então eu posso fazer a hidratação com escova. Quando eu chegar aí, a gente marca logo a progressiva então.

Confirmo com ela e desligo a chamada. Anoto logo seu horário na agenda para não esquecer.

Aline é sempre assim. Quer marcar de última hora e sempre sai do salão com o cabelo hidratado e escovado, ao invés de aplicar a progressiva.

Depois de um longo banho, eu me deito na cama só de calcinha e sutiã. Tô super relaxada. Amo ficar assim, levinha em casa.

Minha cabeça estava cheia com a agenda do salão, mas tinha uma única que estava tirando toda minha paz: Ret.

Cara me tacou o beijão dentro do banheiro logo. Não vou negar, eu amei. Queria muito sair daquele baile com ele. Ele com toda aquela pose de marrento, aposto que fode bem, porque eu já sei que tem uma ótima pegada.

Eu não sou santa, longe disso, mas o Ret, era sem dúvidas um homem que você se excita só olhando. Seu corpo malhado e sua voz grossa são uma combinação perfeita.

Por Deus eu consegui sair do banheiro, porque se dependesse dele, aposto que transariamos ali mesmo.

Eca.

Whatsapp:

Huguinho: cofoi meu amo
brota aqui na quadra, vai rolar um fut com os cara e depois um churrasquinho saca [ 17:23 ]

Cê não cansa de festa não, Victor Hugo?
[ 17:24 ]

Huguinho: nunk
vem logo pirralha
sai de casa mandada
[ 17:24 ]

Suspiro, sabendo que eu iria ter que ir de qualquer jeito. Hugo é chato quando quer. Ele iria aparecer aqui em casa se eu não fosse lá.

Coloco um shortinho jeans e um uma blusinha de alcinha fina preta. Não coloco sutiã mesmo, não estava afim e me incomoda.

Pego meu celular e minhas chaves e saio de casa, descendo até o portão, o abrindo em seguida.

Putz!

Eu não sabia onde era essa tal quadra. E o Victor é muito idiota. Ao invés de vir me buscar, cara.

— Quer carona, baianinha?

Pulo de susto, com a moto parando ao meu lado, chegando muito perto.

Ret estava em cima da moto, com sua expressão de bosta. Com uma bermuda preta e uma camisa da mesma cor, ele conseguiu ficar lindo, como sempre.

Baianinha - Filipe Ret [ Morro ]Onde histórias criam vida. Descubra agora