13 - Donhyun

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Assim que Taehyung subiu a calça de Jungkook, as perfurações foram reveladas, como se estivessem ali há tempos.

ㅡ Jungkook. Você foi mordido recentemente por algum cachorro? ㅡ Limpou o ferimento, causando certo desconforto para Jeon.

ㅡ O quê? Do quê você 'tá falan-

De repente, Jeon lembrou-se de algo realmente muito importante. De quando Jimin voltou para casa e morreu em um acidente. De quando não suportou mais a dor de perdê-lo e procurou sua antiga vizinhança e encontrou a casa onde Park passou sua infância. De quando uma garotinha que falava estranho atendeu a porta e de quando pensou sentir a presença de Jimin enquanto via fotos e mais fotos dos dois quando jovens. E por fim, se lembrou de quando caiu e saiu correndo do lugar e um cachorro o mordeu.

A maldita garotinha do metrô, era a mesma. Foi quando toda essa maluquice de viagem no tempo começou.

ㅡ Eu fui... mas não faz sentido ㅡ Disse sério e logo riu ㅡ Como se algo fizesse sentido ultimamente.

ㅡ Vou fazer um curativo, talvez seja melhor você ir para casa e descansar. Vou passar alguns antibióticos também. ㅡ O médico disse, logo fazendo o que disse que seria feito.

Sentado naquela maca, os pensamentos de Jungkook tentavam entender o que estava acontecendo. Quanto mais as coisas pareciam malucas, menos ele as entendia.

Assim que Taehyung terminou o curativo, Jungkook saltou no chão, e pegou os papéis em cima da mesa.

ㅡ Obrigado, Taehyung. Eu espero te ver novamente ㅡ Sorriu de forma um tanto estranha, talvez pelo nervosismo, ou talvez por estar realmente enlouquecendo.

ㅡ O que houve? ㅡ Namjoon questionou ao entrar na sala de volta, tendo Apollo consigo.

ㅡ Não é nada, eu só preciso ir pra casa. ㅡ Jungkook respondeu atordoado.

ㅡ Ah, tudo bem, eu posso te levar, afinal, eu 'tô com seu carro. ㅡ O ruivo disse de forma doce e desajeitada. Era evidente seu constrangimento ao se lembrar da situação que o colocou na atual.

Jungkook não negou. Pelo contrário, agarrou a mão do menor e o puxou para fora dali.

ㅡ Você está bem? ㅡ Apollo questionou, tentando não focar tanto na mão que Jungkook segurava.

ㅡ Acho que estou. Eu só preciso de um banho. ㅡ Jk respondeu enquanto caminhava pelo corredor. Em uma das mãos segurava os papéis, e na outra, a palma fria de Jimin. Foi quando se deu conta e a soltou.

Um bolo desceu pela garganta de Apollo, assim como um calorão se apossou de suas bochechas. Apenas seguiu Jungkook naquele fim de tarde para o estacionamento do hospital. Para ele era também uma situação assustadora. Não como era para o moreno, mas por tudo o que havia acontecido em sua vida nas últimas quarenta e oito horas era realmente incomum. Além do fato de que ele havia presenciado um milagre, afinal, Jungkook não podia andar, e estava caminhando perfeitamente na sua frente.

ㅡ O quê eles disseram? ㅡ Perguntou o ruivo, colocando as mãos pequenas no bolso da calça.

ㅡ Ah ㅡ Ergueu a cabeça finalmente percebendo que não teve qualquer diagnóstico do seu "milagre". ㅡ Não disseram, mas eu talvez não tenha dado tempo. Eu realmente preciso beber, e morrer por uns três dias na minha cama. Ou vou acabar parando em um hospício.

ㅡ Tudo bem, eu te levo até sua casa. ㅡ Passou na frente de Jeon e abriu a porta do passageiro, deixando que Jungkook entrasse.

Aquela atitude aqueceu o coração confuso de Jeon, e ele se lembrou do centro de tudo, e de que toda essa maluquice o fez esquecer por um momento: Jimin.

Deja Vu 《Jjk+pjm》Onde histórias criam vida. Descubra agora