Deja Vu 《Jjk+pjm》

6: 𝕭𝖚𝖊𝖉𝖊

Oi lindezas,
Bora dar play na plalist de Deja Vu e ler. Não se esqueçam de curtir o cap e comentar muito. É através dos comentários que posso interagir com vocês.

Boa leitura 💜

6: Buede

Os dias se passavam, um após o outro, em um looping eterno que não tinha começo, nem fim.

Por quê? Por qual motivo algo havia permitido que ele pudesse voltar no passado e ter Jimin de volta, se no final, ele estava enterrado em uma droga de cemitério novamente?

Queria saber como fez aquilo da primeira vez, queria entender os fundamentos. Tinha tantas perguntas, mas nenhuma resposta.

Qualquer um diria para ele desabafar e expor todos os sentimentos, mas quem iria acreditar nele? Ninguém é tão louco ao ponto de achar que tudo que ele diria era real e, às vezes, nem ele mesmo.

Nem mesmo beber surtia efeito, nenhuma droga que pudesse correr suas veias. E mesmo que existisse qualquer resquício de vida naquele corpo, ele tentava apagá-lo, junto com a dor que era perder Park Jimin não só uma, mas duas vezes.

Quem suportaria?

A sensação da agulha entrando em seu braço, furando sua pele, não era incômoda mais, já não sentia o líquido frio correr pelas veias e, tão pouco atingir o coração. Nada parecia funcionar.

Nem mesmo seus amigos. Família. Por escolha se afastou de tudo. Não atendia nem mesmo Taehyung e Namjoon, mas dava notícias de vez em quando, provando que estava "bem".

Jungkook se via no mesmo lugar de Park anos antes de se reencontrarem e nada dava fim naquela sensação de dois espaços, um com uma enorme bagunça de sentimentos e outro com um enorme vazio, ambos brigando dentro de si. Jeon queria acabar com as duas coisas.

Aquela euforia que não durava muito mais, mesclava-se com a sedação pelos remédios que tomou a pouco. Seu estômago doía, o peito subia e descia rapidamente e todos os analgésicos combinados com a heroína faziam seu sistema nervoso desmoronar.

Ele estava sozinho.

De novo.

A imagem de Jimin sorrindo e seu corpo caído no asfalto logo em seguida pareciam tão reais quanto sua própria existência, na sua frente, como se Jimjn estivesse ali, caído a poucos passos dele.

"Park Jimin teria vergonha de você, Jungkook."

Teria sim. Claro que teria. Caído nesse chão, com cheiro de vômito, com essa camiseta branca encardida e manchada e whisky do mais barato derramado no carpete creme que ele amava se deitar para tirar um cochilo.

O mesmo carpete que amou aquele corpo tantas vezes, agora cheio de garrafas esvaziadas um pouco mais a cada vez que os efeitos começavam a dissipar-se e a sede parecia insaciável.

Não, Jungkook. Nada nunca irá saciar sua vontade. Não sem Park Jimin.

Abraçava o próprio torso grande, pintado das novas tatuagens adquiridas nessa nova realidade, em uma tola tentativa de se confortar, sentindo o suor escorrer por sua testa, tendo o corpo cansado que tremia incessantemente.

A visão era turva e, antes fosse só pelas lágrimas. Não era.

No início, aquele tipo de fuga ajudava, Jungkook sentia, pelo menos por algumas horas, aquela felicidade que vinha dentro daquela seringa.

Até que nada parecia funcionar mais e só fazia todo seu sofrimento se ampliar. Ele queria aquela sensação de volta, queria a euforia invadindo seu cérebro. Seu corpo viciou, porém, nada sentia mais, além da dor em sua pobre alma.