XXXXV | Pai

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Bárbara pov's

Assim que virei as costas para o Gavi, meu coração quebrou em vários pedaços. Quando voltei para fila, várias lágrimas jorraram pela minha bochecha. Por mais que eu o amasse, eu não podia fazer isso comigo mesma, não outra vez. Eu tinha apenas duas opções, machucar a mim mesma ou a Gavi.

Após uma longa viagem, chego no aeroporto internacional de São Paulo. Me sinto tão fraca, parece que eu corri uma maratona de tão cansada que tava. Nunca tinha ficado assim em nenhuma viagem.

Enfim, pego um táxi e vou para casa. Assim que abro a porta, vejo um homem barbudo, alto, com a pele negra, seus cabelos cacheados não muito grande, brilhavam, assim como meus olhos quando percebi quem era...
ERA MEU PAI!

- você cresceu tanto, Bavinha - ele diz e eu jogo minha bolsa no chão e corro para abraçar ele

- pai!- chroro com minha cabeça em seu ombro- eu senti tanta a sua falta

- sua mãe me disse

- Vi, você chegou!- diz minha mãe saindo da cozinha

Minha mãe me tira dos braços do meu pai, para me ter só para ela. Mas então puxo meu pai para um abraço em família

- eu achei que nunca teria isso de novo. Todo mundo junto, assim- digo chorando

- mas aqui estamos- meu pai sai do abraço- não chora, amor- ele enxuga minhas lágrimas- estamos todos aqui, agora, vamos pegar suas malas. O taxi deve estar esperando desde agora- ele diz e eu assinto

Após pegarmos todas minhas bagagens, meu pai leva lá para cima, no meu quarto. Ele admira as fotos que eu havia colado na parede com as meninas, Gavi, Raphinha, Pepi e o resto dos meus amigos que fiz no Barcelona ( sim, tinha foto até com Ansu)

- você fez tantos amigos durante esse tempo. Me sinto mal por não ter acompanhado sua adolescência- meu pai diz cabisbaixo

- tudo bem, pai- seguro a sua mão- estamos aqui, agora.- digo e ele sorri

- Vi! Marcos! Desce aqui!- minha mãe grita lá de baixo

- sua mãe não mudou nadinha

- o senhor também não, só a sua barbicha que cresceu- digo sorrindo e indo até a porta

-e você ainda é minha Bavinha...- ouço ele dizer em quase sussurro.

Desço com meu pai, minha mãe tava no sofá esperando por nós

-ou ou... Acho que alguém se encrencou- meu pai diz em meu ouvido me fazendo rir

- só você chegar- digo brincando e sentando ao lado da minha mãe

- nos queremos conversar com você- ela diz olhando para o meu pai- eu não quero que você me ache uma mentirosa, só porque seu pais está vivo. É por isso que ele vai te contar o que realmente aconteceu. Certo, Marcos?- mamãe diz, eu olho para o meu pai que a olhava com um olhar de irã?

- certo.- ele diz relaxando seu olhar e olha para mim sorrindo- Bavi, há nove anos atrás, eu consigui uma promoção na empresa, porém, a promoção era em Pernambuco.

𝒎𝒚 𝒅𝒆𝒂𝒓 𝒄𝒂𝒋𝒐𝒏 >> 𝒈𝒂𝒗𝒊 | Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora