Our Memories

「☁️」• Prólogo

Tudo havia saído do controle no momento em que Seungmin tocou no nome da secretária de seu marido. O alfa ficou uma fúria.

— Você fica me acusando como se não soubesse o que eu sinto! — o Bang mais velho esbravejou, cansado das crises de ciúmes de seu ômega.

— Eu deveria acreditar em você? — Min sorriu debochado, mas seus olhos estavam marejados. — Sabe, eu tenho encontrado Minho muitas vezes sozinho, mesmo nos dias que você diz estar com ele. E quando você sai a noite, dizendo que vai pro escritório, mas volta de madrugada ou nem volta. Liguei tantas vezes para a empresa, querendo saber se estava tudo bem e se você voltaria logo, mas ninguém me atende.

O moreno sentiu o seu coração acelerar, se desesperando pelo que Seungmin estava lhe ditando.

Realmente, havia mentido para o seu ômega muitas vezes, mas era por um bom motivo. Não estava o traindo. Bang nunca havia nem pensado na possibilidade de ficar com outra pessoa que não fosse seu marido, a única pessoa que ele ama assim.

— Não consigo acreditar em você... — Min murmurou, as lágrimas já escorrendo por suas bochechas gordinhas.

— Estou tentando manter a calma e te explicar, mas você continua me colocando contra a parede.

— E o que você quer que eu faça? — o ômega praticamente cuspiu as palavras para o alfa. — Você quer que eu fique esperando as respostas caírem do céu? Ou então, quer que eu simplesmente não pense no que você está fazendo todas as noites fora de casa... eu sei que não sou o mais bonito, inteligente e o que você deseja, mas você se casou comigo, deveria pelo menos me respeitar.

Christopher não aguentou mais todas aquelas coisas ditas pelo seu ômega, simplesmente pegou sua jaqueta no encosto do sofá e saiu em direção a porta, sendo seguido por Seungmin.

— Se você não confia em mim, esse relacionamento nunca vai dar certo. — Bang murmurou, saindo de casa. — Pede pro Minho preparar a papelada do divórcio.

E então, o alfa pegou sua moto sem se importar com o ômega chorando em frente a porta da casa deles. Saiu sem rumo pelas ruas de Seul, em uma velocidade absurda.

Christopher poderia ser tolerante com tudo, mas estava cansado daquela desconfiava, dos ciúmes sem sentido e de ter que brigar com Seung diariamente. Envolvido por seus pensamentos, ligados ao ômega e aquelas acusações, Bang não percebeu que estava na pista contramão e também não viu o caminhão que vinha em alta velocidade em sua direção.

Só percebeu quando sentiu o impacto do pára-choque em sua moto, que o atirou para fora da rodovia. A última coisa que ele sentiu foi seu corpo bater no chão, então tudo se tornou escuridão.