Pétalas vivas para os mortos.

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A manhã estava fria, a neblina cobria grande parte do cemitério enquanto as pessoas se preparavam para ir embora.
Luxanna estava lá a muito tempo com sua mãe e seu irmão, seu pai fora encontrado morto em um beco qualquer da subferia durante sua viagem de negócios em Piltover na madrugada do dia anterior...
Não havia pistas de quem seria seu assassino ou algum motivo para que ele fosse a vítima. Mas, sendo sincera, ela não conseguia sentir algo muito forte naquele momento. Seu pai nem de longe merecia sua admiração, sendo responsável pela "eutanásia" de diversos magos inocentes em sua cidade natal, magos como ela.
Seus olhos estavam vidrados nas rosas que deixara em cima do túmulo do mesmo, estavam tão vermelhas quanto a possa de sangue que se formou em baixo do corpo de seu velho quando fora encontrado.

- Temos que ir, Luxanna. - Disse uma mulher de cabelos ruivos vestida com um longo vestido preto. - Temos muitas coisas para resolver.

- Já estava na hora. - Responde a loira ainda olhando as rosas. - Garen já está pronto? - Perguntou se virando para a mulher.

- Sabe como era a relação dele com seu pai, ele não podia estar mais indiferente. - Respondeu a mulher olhando na direção do homem.

- Mãe, você por acaso está sentindo alguma coisa? - Perguntou a loira se aproximando mais da mulher.

- Pena. - Foi a única coisa que saiu de sua boca.

- Senhora Alice, o carro já está a espera. - Disse um homem de vestes pretas e formais. - A senhora e os vossos filhos já estão prontos?

- Já, nós já estamos indo. - Disse sorrindo com elegância. - GAREN! TEMOS QUE IR! - Gritou a mulher para o homem que se encontrava pouco longe delas.

O homem se aproximou, seu rosto destacava os olhos em tons avermhados. Garen não estava tão indiferente quanto sua mãe havia falado.

- Já vamos embora? - Perguntou o homem arrumando sua roupa.

- hunm, já estamos prontos. - Disse a mulher sinalizando para o motorista.

Luxanna e Garen trocaram olhares durante o caminho até o carro, ambos olhos azuis partilhavam o mesmo sentimento, mesmo que não fosse apenas luto.

- Como está se sentindo? - Perguntou o mais velho.

- Sinceramente, não sei o que sinto. Sei que ele não era um homem admirável mas... - Foi cortada por Garen, este que foi rápido em finaliza-la

- Ainda era nosso pai. - Completou o homem.

- Um péssimo pai. - Finalizou a loira.

- Eu não descordo de você Luxanna, mas nosso pai apenas fazia seu trabalho.

- Trabalho esse que você pretende continuar...

- Eu não estou certo disso! - Disse com a voz firme. - Se eu for fazer isso será para proteger a minha família e principalmente você! - Disse segurando levemente o braço da irmã.

- Então vai tentar descobrir quem o matou? - Disse a irmã em tom baixo.

- Até os confins minha irmã, eu irei de descobrir. - Disse decidido de sua afirmação.

Não que Luxanna não quisesse que Garen fizesse isso, ele era bem apegado ao pai de certa forma, mesmo com a ausência dele em nossas vidas.
E agora, voltando para casa, sua mente se encontra em um turbilhão. Ela não sentia luto pela perda do pai mas tristeza... Não era algo tão forte quanto o que sua mãe e irmão sentiam com relação a ele mas ela sentia alguma coisa.
Por mais terrível que seu pai fosse, por mais horrível e desprezível que ele tenha sido em vida, ela sentia tristeza por quem ele já havia sido... E talvez, antes disso, ela tivesse a esperança de que ele voltaria a ser essa pessoa que ela guarda em suas mais antigas memórias.
E em honra a essas memórias, ela não descançaria até descobrir quem tirou a vida de seu pai, custe o que custar.

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