Please... Save-me!

Adolescentes

Pov: Jinx

- Onde você estava? - Perguntou o homem sentado em sua cadeira, seus olhos focados na janela. A sala estava em completo breu e a única luz que compunha o lugar era um vago reflexo das ruas que vinha da janela, ele sempre faz isso... sempre... - Vai me responder, Jinx?

- Você sabe... eu fui na exposição do museu artístico, eu falei pra você. - Minha voz soava caricata, falsa. - Disse que eu poderia ficar fora por hoje...

- Eu disse que poderia ver a exposição, pelo que eu sei ela acabou por volta das cinco horas da tarde... - Ele se virou para o lado, não encarava meus olhos ou o meu ser. - Você não tem o hábito de passear por Piltover. - Ele apanhou um objeto em mãos, algo que a anos me era familiar. - Estava com alguém, Jinx? - Ele sinalizou com as mãos para me aproximar, logo tomei o objeto em minhas mãos.

- Eu estava com uma amiga... - Digo ajeitando as complexas partes da seringa. - Eu a conheci no bar a dois dias atrás, não imaginei que ela estaria por lá...

- Me avise! - Disse com o tom elevado. - Quando for um caso como este, a sua primeira investida será a de me avisar. - Seus olhos, agora pousados em mim, sinalizavam preocupação e frieza. As vezes somos tão parecidos que chego a não reconhecê-lo.

- Eu prometo avisar na próxima vez, eu apenas quis viver um dia diferente. - Digo terminado de ajeitar o líquido arroxeado no objeto e indo na direção do homem. - Confesso que não pensei que fosse demorar tanto... eu juro!

- Eu sei meu bem. - Disse suavizando sua dura expressão. - Apenas não se esqueça disso, a cidade alta é perigosa, não fique perambulando por lá enquanto estamos em um momento frágil como esse.

- Eu sei... Não vai acontecer de novo! - O objeto em minhas mãos foi posicionado em seu olho esquerdo, a seringa injetou o líquido diretamente no centro de seu glóbulo ocular. - Por favor, não fique bravo comigo...

- Eu não estou bravo, estou apenas preocupado com... - Seus olhos migraram para minha jaqueta. - O que é isso? - Perguntou calmo.

- Ah, isso é... é um presente. - Digo colocando minha mão sobre o broche. - Algo de errado?

- Não, é muito bonito. - Disse com um sorriso leve no rosto. - Combina com você.

Alguns dias eram assim, ele simplesmente agia de forma mais fria e reservada. No início isso me incomodava, já cheguei a pensar que estava cansado de mim e de minha companhia e que eu deveria ser um problema. Em muitos casos da minha vida eu me vi como um problema...
Por mais que eu diga não precisar da ajuda que ele me proporcionava, no caso pagando para que eu tivesse terapia ou algum auxílio psicológico, eu realmente não me sentiria mal ou incomodada com isso... bastava que não fossem falsas. O auxílio vinha, mas não era verdadeiro. Elas me faziam perguntas desconfortáveis e algumas simplesmente me menosprezam. Por isso nunca me senti a vontade para desabafar com alguém, por isso nunca me libertei dessas correntes... por isso eu entendo, por isso finalmente entendo o motivo de sermos tão parecidos. Sei que não estou sendo muito aberta, nunca fui, mas posso dizer e afirmar que apesar de todas as tempestades que já tive dentro de mim, o seu caos, no seu caos, eu finalmente encontrei paz!

- Silco, a gente pode passear amanhã?

- Se a Sevika fizer o trabalho dela direito, sim. - Seu rosto formou um sorriso gentíl.

- Ok, vou trabalhar para que ela o faça haha

- Onde foi que eu errei em sua criação? - Um sorriso maior ainda se formou em seu rosto, era óbvio, tive a quem puxar em minha criação. - Vai pro quarto vai anão de jardim.

- Vai fazer seu trabalho vai caolho pobre! Haha - As brincadeiras mais leves e • obviamente • com xingamentos mais leves sempre vinham nesses momentos. A muitas coisas das quais posso reclamar em minha vida, mas meu pai realmente não é uma delas.

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Bom gente, esse sim foi curtinho.
Nesse capítulo eu quis mostrar um pouquinho da relação "externa" da Jinx e do Silco, deixando claro que um capítulo mais aprofundado sobre essa relação vai chagar em algum momento ksks
Aqui tbm tem um pouco do pensamento da Jinx sobre querer ajuda e rejeita-la ao mesmo tempo e sobre como o caos em Silco, sua figura paterna, é capaz de acalmar sua tempestade.
E tbm umas menções a nossa querida Luxanna ksksk
Foi isso gente, desculpa se estiver ruim e se tiverem muitos erros.
Até a próxima! 🖐🏻🖐🏻🖐🏻