PRÓLOGO

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* ˚ ✦ 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐗𝐓 * ˚ ✦

Serena Richmond é uma garota de 17 anos, nascida em Cleawater, Flórida. Filha de uma falecida surfista, Naomi Richmond e de um pai misterioso, a qual ela não sabia e era retratado como vergonha para a família. A garota morava com seus padrinhos de criação (Bernadette e Lúcio), que eram bastante rigorosos com Serena, ao ponto que no dia 24 de agosto, a expulsaram de casa, devido ela estar trocando mensagens com uma garota. Foi até um alivio para a Serena, já que sofrera tanto nas mãos desse casal e foi finalmente libertada disso. Ela apenas pegou sua carteira, seu celular, seu fone, seu casaco e guardou em sua eco-bag. E finalmente, saiu de casa.

* ˚ ✦ 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎 * ˚ ✦

Domingo, 24 de agosto de 2023. 16 horas da
tarde.

Após ser expulsa de casa pelos seus padrinhos, Serena caminhava na estrada, com o objetivo de ir até Orlando para ter alguma acomodação, afinal, seu cartão de crédito tinha uma certa quantia da herança de sua mãe, que não era muito, mas era suficiente para se hospedar por pouco tempo em um hotel até achar algum emprego pra si.

Serena estava triste por não ter mais sua casa, mas afinal, para ela foi até um alívio, pois não conseguiria olhar para a cara de seus padrinhos por conta de todas as maldades que disseram em questão de segundos para ela e ao ponto de expulsarem a afilhada de casa por conta dela estar interessada em uma pessoa do mesmo sexo. Isso é deplorável.

Depois de uns 10 minutos andando no canto da estrada, carregando sua eco-bag com os pertences mais importantes e aguentar um sol ardente, Serena encontrou um posto de gasolina e pensou em parar ali para tomar uma água e descansar um pouco. E assim fez.

Depois de passar na conveniência e se sentar em um banco, ouviu um barulho de alguém vasculhando o lixo e como Serena era bem curiosa, seguiu esse barulho. Quando andou até atrás da loja de conveniências, viu um garoto ruivo de 1,40m de altura, comendo algumas latas de metal do lixo. Mas não era um garoto comum...ele tinha pernas de animal no lugar das pernas humanas e ele estava comendo latas de refrigerante! Quem comeria isso?

Quando a garota de olhos azuis se aproximou do garotinho, ele imediatamente a olhou assustado, cuspindo uma lata no chão:

— Mas que susto!! Não sabe dizer com licença quando se chega de fininho em alguém?! — ele ficou de frente para a garota de braços cruzados.

— Desculpe pelo susto! Mas não é todo dia que se vê um...homem-cabra comer latas numa caçamba de lixo atrás de um posto gasolina! — ela fez uma careta — Aliás...por que está comendo isso e da onde você vem?!

O garotinho pois a mão na testa e suspirou fundo, antes de responder a moça.

— Primeiro: minha espécie não se chama "homem-cabra"! Cabra é o feminino de bode, então não faria muito sentido esse nome... — ele disse pensativo — Não importa! O termo correto é sátiro. Segundo: eu como latas porque são gostosas, oras! São gostosas para mim, assim como, bolinhas de queijo são gostosas para vocês, humanos. — ele completou com um sorriso ladino.

Serena ouvia com atenção, com a mesma expressão facial quando fazia na aula de matemática.

— Entendi...ham, me desculpe mais uma vez. Agora aprendi o nome de sua espécie...bom, eu vou indo. Aproveite suas...latinhas.

Serena deu um sorriso educado e começou a andar até a frente do posto, até que sentiu alguém segurar firme em seu braço e a garota se virou rapidamente, vendo que era o sátiro de antes.

— Espere! Esse cheiro... — ele começou a farejar a jovem, quando tirou sua conclusão e deu um pulinho — Aha!! Esse é o cheiro que eu estou seguindo! — ele disse vitorioso.

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐄 • 𝗟𝗲𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗱𝗲𝘇Onde histórias criam vida. Descubra agora