𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 ④ : "O meu pai é realmente ********??"

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Serena acordou bem cedo. O dia estava amanhecendo e ela já tinha tomado banho, feito suas higienes pessoais e escovado os dentes. Vestiu roupas que estavam em uma espécie de guarda roupa comunitário e ela pegou a blusa laranja do Acampamento Meio Sangue e um shorts jeans do seu tamanho.

Serena também havia retirado sua faixa em seu pescoço, o qual, estava com as cicatrizes dos cortes feitos pelas empusas no primeiro dia que Serena chegara no acampamento. Provavelmente aquelas cicatrizes estariam com Serena pelo resto de sua vida. Mas ela não se importou, porque foi uma cicatriz da sua primeira "luta". Isso demonstrava coragem para ela.

A garota calçou seu all star de cano alto branco e pegou sua ecobag com suas coisas preciosas ( os únicos objetos que Serena tinha) e saiu do Chalé 11, o qual, todos os campistas estavam dormindo como pedras.

Havia poucas pessoas que haviam acordado no acampamento. Estava ensolarado, a garota podia escutar sons de flauta, gerando um clima bem harmônico. Aquela manhã estava bem agradável, para um acampamento que tinha semideuses com risco de morte.

Serena se dirigiu ao pavilhão, com intenção de pegar algo prático para comer. Quando entrou no local, avistou várias garotas em uma mesa tomando seu café da manhã. Serena se aproximou até a mesa do centro e pegou uma maçã. Uma das garotas se aproximou e ficou ao lado de Serena.

— Bom dia! Dia lindo, não? — a garota perguntou.

Serena a olhou, com um sorriso leve.

— Bom dia...sim! Belo dia! Está com uma vibe boa... — disse Serena, antes de morder sua maçã.

A garota era loira, com olhos azuis, rosto angelical...Serena pressentiu que ela era filha de Afrodite, mas estava indo mais pelo esteriótipo da harmonia, da beleza que a garota tinha.

— É a novata, né? Seja bem vinda! — a garota loira disse com um sorriso largo — Muito prazer, me chamo Stella Beurepaire, filha de Afrodite e você é a Serena, certo?

Finalmente alguém que não errou o nome de Serena.

— Correto! É um prazer conhecê-la, Stella! — a morena abriu o sorriso.

Stella observou o pescoço de Serena com as cicatrizes.

— Oh, seu pescoço está melhor? — Stella perguntou preocupada.

— Acredito que sim. Não está doendo mais, por isso tirei a faixa. Obrigada pela preocupação! — disse Serena com entusiasmo.

— Disponha! Quer se sentar com a gente? — perguntou Stella, com brilho nos olhos.

— Agradeço pelo convite! Mas tenho que dar uma olhada no acampamento...sabe como é, só fui liberada da enfermaria ontem quase de noite e mal deu tempo para ver nada! — Serena deu uma mordida na maca e engoliu ela antes de voltar a falar — Fica pra outro dia! Espero você na competição de caiaques!

— Pode deixar! — Stella disse animada e voltou para a mesa com suas irmãs.

Serena saiu do pavilhão, comendo sua maçã e andou para a praia, com vista para o estreito de Long Island.

A garota começou a andar em volta do mar, iniciando sua caminhada. Era como se não estivesse sozinha, como se a água a acolhesse como ninguém nunca a acolheu.

Deixando sua maçã na floresta ao lado da praia, ela escutou um barulho de um passo à poucos metros de sua frente. Ela se lembrou de que não havia pegado sua arma ainda. "Merda", ela pensou.

Serena jurava que seria um monstro. Ela respirou fundo e andou um pouco mais à frente, para checar mesmo se era realmente seu fim trágico. Quando chegou perto de umas árvores altas, sentiu um cheiro de cigarro e logo ela pensou: "Era só o que me faltava, um monstro fumante."

𝐉𝐔𝐒𝐓 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐄 • 𝗟𝗲𝗼 𝗩𝗮𝗹𝗱𝗲𝘇Onde histórias criam vida. Descubra agora