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JIMIN

Onde eu fui me meter?
Neste momento eu estava com o rosto banhado em lágrimas.

Não demorou e a moça voltou com 2 outras mulheres ao seu lado.

– Ryujin? O que você fez? - Uma das moças se dirigia a aquela que eu já conhecia, então seu nome era Ryujin.

– Eu não fiz nada, a lenha com fogo simplesmente caiu no pé dele. - Ela parecia desesperada e eu não entendia bem o porquê. – Por favor me ajudem, temos que ajudar ele, se não..se não os guardas vão o castigar mesmo já estando machucado!- Eu gelei na hora que ela falou isso, realmente, oh meu Deus, eu estou ferrado morto, assado, cozido, eu pensei que sobreviveria pelo menos um mes aqui.

– Ryu…..-Uma das moças parece repreendê-la.

–Por favor, olhe só para ele, tão pequeno e fofo, não merece morrer, isso deve estar doendo!- Ryujin implorou para as moças, senhor eu não quero morrer, não agora.

–ok, ok, vamos ajudá-lo, vamos levá-lo a um de nossos quartos, e torcer para que ninguém veja.- Uma das moças de cabelos longos pretos, vem até mim e ajuda junto às outras a me levantar.

– Pode ser no meu, lá tem uma cama desocupada. Se eles perceberem que ele sumiu depois das ... .- Ryujin parou para pensar, contando nos dedos. -- Depois das 2 horas no anoitecer, ele morrerá.

Ah, estava doendo, eu me apoiava nos ombros delas, sem tocar um pé no chão.

– Obrigado…- Eu digo bem baixinho, eu estava dando um trabalho, fui incompetente, e elas estão me ajudando, mesmo elas sendo escravizadas como eu.

– Ah garoto, não agradeça, você não tem culpa de absolutamente nada, nem era para estar aqui, nenhum de nós na verdade, estamos contra nossa vontade, e erros acontecem. Ah, não tivemos tempo para apresentações mas pode me chamar de Soyeon e aquela ali é minha amiga Miyeon. ‐ Ela fala dando duas batidinhas em meu ombro.

– Park Jimin.‐ Digo meu nome e dou um sorriso para ela.- Seguimos rumo aonde era o quarto delas, falando nisso, eu não sei nada sobre aqui, onde dormimos ou nos alimentamos, não iriamos ficar sem comer né?

Chegamos num corredor bem nos fundos do castelo, e fomos até uma última porta que era de madeira, Ryujin abriu a porta pra mim entrar, e as outras duas me ajudaram. O quarto era bem simples, tinha 2 camas, um armário de madeira velho, e uma mesinha entre as camas. Soyeon e Miyeon me ajudaram a sentar na cama e logo me deitar.

– Vamos lhe ajudar com seu pé- Diz Miyeon, e eu aceno. – Eu me machuco às vezes trabalhando na cozinha, então tenho algumas coisas úteis para isso, eu vou lá no meu quarto, esperem um instante. -Ela disse e saiu.

–Obrigado, muito obrigado.-Eu agradeci enquanto pude, era a única coisa que eu tinha para falar no momento.

– Bom…, não agradeça ainda, não sei se vai dar certo, e você terá que sair daqui e voltar aos serviços daqui a 13 horas, e torcer para que eles não tenham dado falta sua.- Fala Ryujin.

Neste momento minha barriga deu um ronco anunciando minha fome, não tenho culpa, poxa, já estou a dias sem comer.

– Tem um ômega com fome aqui, veja só. ‐ Soyeon fala dando um sorrisinho. – Ryujin, por que você não aproveita e busca algo pra ele comer, verifique se estão sentindo nossa falta na cozinha.

– É, eu vou lá então, tomem cuidado.-Ryujin sai no mesmo instante.

– Eu não sei onde fica as coisas aqui, poderia me ajudar? Onde eu me alimento? Durmo? Tomo banho?- Eu pergunto a Soyeon.

– Banho você pode tomar nos rios das proximidades, o almoço são vocês mesmos que tem que fazer, com o que disponibilizam, os outros dividem o dia em que cada um vai ajudar a cozinhar, eles lhe explicarão melhor, não vou mentir, a comida lá não é das melhores, são poucos recursos. Vocês dormem em um galpão, e a situação lá não é muito boa, tome cuidado. ‐ Eu fiquei apavorado com isso.

– Eles fazem a contagem de escravos no final do dia ao trancarem o galpão, você tem que estar lá, até às dez horas da noite.

– Ah, obrigado.- A porta do quarto abre e Ryujin e Miyeon passam por ela, Miyeon vem até mim, senta na cama segurando meu pé com cuidado, Ryujin traz uma bandeja e coloca ao meu lado.

– Pode comer, tem bastante coisa.- Ryujin fala. – E relaxa Soyeon eles não me viram pegando isso.- Ryujin responde o que aparentemente Soyeon iria contestar.

Miyeon mexia no meu pé, passava algumas coisas, e sim doía, mas era o melhor, enquanto isso, eu peguei um pão com um baita recheio da bandeja e dei uma mordida, era tão gostoso, nem onde eu morava tinha isso.

- Está gostoso, Jimin?- Soyeon pergunta e eu balanço a cabeça bem forte indicando que estava maravilhoso.

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>> JUNGKOOK <<

Eu comandava meu reino como todos meus outros dias, dias monótonos, minha vida era monótona, fazia o que um rei deveria fazer, ou melhor, eu faço o que meus pais gostariam que eu fizesse, como sempre quiseram que fossem.

Anos atrás….

Jungkook estava sentado folheando um livro de história sobre os reinos, ele já o leu umas 3 vezes, apenas com 14 anos.

Sua mãe Jeon Somin chegou perto de seu filho sentando-se ao seu lado naquela imensa biblioteca.

– Você está lendo isso de novo Jungkook? será um bom rei meu filho? - Ela olha para Jungkook pondo a mão sobre as mãos do menor. –Promete para mamãe que não irá deixar de seguir nossos princípios, regras e leis, continuará do jeito que deixarmos? O reino estará em suas mãos meu menino.- Somin fala.

Jungkook deu um sorriso e respondeu:

– Eu serei um bom rei mamãe, eu prometo.

E essa só foi uma das mil vezes que Jungkook o prometeu ao seus país.

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Eu faço a mesma rotina: acordo pelas seis da manhã, relaxo numa banheira, visto-me e desço para o café.

Eu tomo café sozinho, em uma mesa de 25 lugares, solitário, mas não me importo, ou eu prefiro pensar assim.

Resolvo pendências do meu dia, na maior parte das vezes em meu escritório, esses dias eu fiz uma rota em busca de escravos e expansão.

A escravidão nunca foi retirada, meus pais jamais o tiraria, então deixei, e percebi que tive lucros com isso.

Atacamos terras e a tomamos e no meio disso sempre trago escravos novos, muitos acabam morrendo pelo serviço pesado.

2 dias atrás…

Eu comandava o exército indo com meu cavalo a frente, éramos enormes e fortes, e eu sabia disso.

Já tínhamos acabado e tomado com diversas terras, não carreguei ninguém comigo, deixaria para fazer isso na última: Gyeongju, uma das maiores, e dali iríamos direto para meu reino, então levaríamos pessoas.

Não dá para tomar Gyeongju Totalmente, é grande, aos poucos eu farei, assim como meus pais sempre desejaram.

Rapidamente atacamos, foi um ataque inesperado por eles, então foi fácil, pedi para que meus soldados pegassem pelo menos 25 pessoas e jovens de preferência.

Eles seriam puxados a cavalo com várias carroças, e assim que foi feito isso, saímos depois de saquear e matar diversas pessoas.

Ao passar por uma das carroças, senti um cheiro, e que cheiro bom, era…chocolate? Uma ômega? Me interessei, ao chegar irei verificar, esse cheiro chamou minha atenção.

Já era noite, e um completo silêncio inundava, e foi assim o caminho inteiro.













End OF Harvest - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora