Cap 04

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Boa noite gente, sei que sumi por um tempo, eu até pensei em desistir, mais me animei pra continuar kkkkk

Peço pra vocês comentarem bastante, pq isso me ajuda muito a continuar, e eu agradeço vocês por isso.

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POV Juliette Freire

Caminhei até a minha mesa e desabei sobre a cadeira. Fiquei com as mãos suadas só de pensar em falar com Anitta. Com certeza eu ia gostar de ouvir a voz dela, e também não tinha dúvida de que ia me sentir culpada por isso. Não que eu a quisesse de volta nem nada do tipo, mas nós tínhamos uma história juntas, marcada por uma atração sexual puramente hormonal. Não era algo que eu pudesse controlar, apesar de não ter nenhum interesse em fazer algo a respeito desse desejo.

Guardei a bolsa e a sacola com meus tênis de corrida na última gaveta, e bati os olhos na colagem de fotos minhas com Sarah, emoldurada em um porta-retrato em cima da mesa. Era um presente dela para que eu não a esquecesse nem por um momento, como se isso fosse preciso. Eu pensava nela até dormindo.

O telefone tocou. A chamada havia sido transferida da recepção. Anitta não tinha desistido. Determinada a manter o tom profissional, uma forma de dizer que estava no trabalho e não podia receber ligações pessoais, eu atendi. — Escritório de Gilberto Nogueira, Juliette Freire falando.

— Juliette. Encontrei você. É a Anitta.

Fechei os olhos para absorver melhor sua voz de sexo com chocolate. Com essa voz ela levou sua banda, a Six-Ninths, ao sucesso. Ela tinha sido contratada pela Vidal Records, a gravadora dirigida pelo Sr. Felipe Vidal, que inexplicavelmente também era controlada por sua enteada, Sarah. Por falar em um mundo pequeno...

— Olá. — Eu a cumprimentei. — Como vai a turnê?

— É uma coisa surreal. A ficha ainda não caiu.

— É algo que você sempre quis, e que realmente merece. Aproveita.

— Valeu. — Anitta ficou em silêncio por um instante, e enquanto isso, sua imagem surgiu na minha mente.

Ela estava linda na última vez que a vi, com os cabelos longos preto e os olhos brilhando de desejo por mim. Ela era da mesma altura que eu, cheia de curvas, e seu corpo bem definido estava sempre em forma devido à atividade constante que a vida de uma astro do rock exigia. Sua pele bronzeada era coberta de tatuagens, e ela tinha piercings no mamilo com os quais eu brincava com a língua sempre que queria sentir ela ficar com mais tesão...

Perto de Sarah, porém, ela não era nada. Como toda mulher de bom senso, eu era capaz de admirar a beleza de Anitta, mas Sarah pertencia a uma categoria à parte.

— Escuta só — Disse Anitta. — Sei que você está trabalhando, por isso não vou tomar muito do seu tempo. Estou voltando pra Nova York, e quero ver você.

Eu cruzei as pernas sob a mesa. — Acho que não é uma boa ideia.

— O clipe de 'Golden' vai ser exibido em primeira mão na Times Square. — Ela continuou. — Quero você lá comigo.

— Lá com... Uau. — Eu esfreguei a testa com os dedos.

Para distrair minha atenção do fato de ter me sentido atraída por sua proposta, pensei no que a minha mãe diria se me visse esfregando o rosto. Ela certamente afirmaria que isso provocava rugas.

— Fico muito honrada com o convite, mas preciso saber... tudo bem se a gente for só como amigas?

— De jeito nenhum. — Ela deu risada. — Você está solteira agora, morena. A derrota de Andrade é a minha vitória.

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