Sonhar não era familiar para ele. Ele atravessou a névoa do lugar, subindo por tábuas apodrecidas do chão e próximo ao papel de parede em ruínas. Seu corpo estava fraco, mas ele ainda precisava subir as escadas.
Quando ele virou a esquina depois de subir a escada, ele pôde ouvir um leve sussurro entre duas pessoas. Caminhando lentamente, os sussurros ficaram mais altos.
Não havia porta na parede onde os dois homens estivessem conversando. Tom entrou e encontrou um ajoelhado no chão, com o rosto contorcido de dor. O da cadeira parecia ter saído do inferno.
Envolto em um manto escuro, o rosto da figura estava desfigurado, meio escamado e descascado. Sua voz era áspera e a magia era fraca.
Era sua outra metade.
Ele podia sentir-se em pânico, outra sensação que ele não estava acostumado também. Seu peito estava apertado, a magia envolta em dor.
"Harry Potter", disse Voldemort. "Mate ele."
O homem no chão olhou para Tom, ergueu a varinha e sussurrou as palavras que temia ouvir durante toda a sua vida enquanto permanecia impotente para impedir a maldição.
Tom se levantou da cama, o corpo ainda fraco do ritual. Seus ossos doíam e sua magia parecia fraca. Enrolando os braços ao redor de si mesmo, ele tentou se acalmar.
O monstro era ele. Ele tinha visto isso quando Harry estava no diário, fragmentos de memória sugando através do vínculo de suas almas. À medida que seu corpo era criado, cada horcrux adicionado trazia novas memórias e sentimentos que ele havia esquecido. Medo, apatia, desespero e desespero tomaram conta de seu ser. Ele pensou que iria sufocar dentro do caldeirão de ferro, incapaz de escapar com sua própria magia.
Harry era o que lhe dava alguma aparência de estabilidade e sanidade. O pequeno fragmento de horcrux, quase imperceptível em seu poder em comparação com os outros, foi o mais influente para ele.
As lembranças que o horcrux tinha não eram todas agradáveis: trouxas espancando-o, sequestro, medo. Mas os felizes superavam em muito os dolorosos: sua família que ele criou, seus amigos, a simples alegria de ser um Ravenstag junto com o sentimento de pertencimento que isso trazia.
Tom sentiu como se estivesse sendo puxado em duas direções diferentes. Sua magia queria encontrar estabilidade e isso estava com o Husk, mas sua mente queria a estabilidade que Harry oferecia.
Era o suficiente para enlouquecer qualquer homem.
Unhas cravadas em seu novo couro cabeludo. Seu corpo também parecia estranho, mas ele não queria fazer parte do monstro que sua outra metade era. A respiração era nova e seu ciclo respiratório atual não era estável.
"Tom", disse uma voz. Tom sentiu sua magia se enrolar em torno de sua pele, como uma armadura que poderia atacar. "Calma, Tom", disse a voz. "Você está seguro aqui."
Se ele conseguisse encontrar sua voz, teria rido do homem.
A magia foi o que o salvou; isso o fez forte.
E agora estava fraco.
Tom estalou.
*
Hannibal agarrou Will pela cintura, puxando-o para longe enquanto os protegia com sua magia enquanto Tom atacava dentro da sala.
Sua magia, de uma cor vermelha escura, envolvia-o em proteção. Ele se contorceu, atacando a sala. Quando a janela quebrou, a magia de Tom o puxou para longe da sala e para fora da janela.
"Isso é um comportamento obscuro," Hannibal comentou enquanto sua magia chicoteava através da linha das árvores.
"Nós deveríamos ter esperado isso," Will comentou, virando-se rapidamente para ir até o quarto de Harry. Hannibal seguiu atrás de seu companheiro, acalmando-se um pouco quando Harry ainda estava dormindo profundamente. Will lançou um feitiço de proteção sobre seu filhote e saiu pela porta.
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A Crowned Family • {A Hannigram and Drarry Fanfiction}
Fanfic[Concluída] Era mais fácil para Will esconder sua magia. Nenhum trouxa entendeu seu 'dom' de empatia. Os bruxos o achavam ainda mais esquisito. Nenhuma pessoa, mágica ou não, gostou de seus segredos expostos. Enquanto Will era autodidata em magia, e...