CAPÍTULO 3

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*narrador*

O segundo turno das eleições começou, Soraya e César foram cada um para seu estado Natal. Ambos voltaram a Brasília. Desde do dia em que falaram do assunto de filhos, nunca mais tocaram no assunto, César não queria brigar com Soraya, sabia que sua esposa se cobra demais, e não queria machuca-lá e nem queria que ela se sentisse inútil. Ele entendia o lado de Soraya, sabia de todas as suas inseguranças, ele era seu porto seguro.

Voltando ao dia atual, Soraya e César estavam acompanhando a apuração das urnas pela TV. Soraya estava nervosa, a cada urna apurada ela parecia mais nervosa ainda. Sabia que sua oponente era uma grande política, "se eu realmente ganhar, vai ser por pouca diferença" pensava consigo mesma.

César estava preparando o jantar na cozinha, de vez em quando ia até a sala para ver a colocação e, é claro, para ver sua amada que estava sentada no enorme sofá. As vezes roubava alguns beijos mas, toda vez que ele intensificava era impedido por Soraya.

Saía daquela sala cabisbaixo, com uma fagulha de esperança que sua esposa viesse atrás dele, mas não acontecia. Soraya na penúltima vez que seu amado tentou intensificar o beijo, que ela logo impedia, percebeu que o mesmo quando saía dali e ia para a cozinha, saía triste, não soube o porque, mas logo compreendeu.

Na última tentativa de ir naquela sala e intensificar o beijo, César novamente fora impedido, aquilo foi o suficiente para que toda sua esperança fosse embora. Se afastou e voltou para a cozinha, quando desligou o fogo, Soraya o abraçou por trás. A mesma falou.

-que cheiro bom!- falou enquanto inalava o cheiro da comida, que era Strogonoff de frango, o prato preferido dela -aposto que o gosto tá tão bom quanto o cheiro.

César por sua vez arrepiou-se com a voz de Soraya em sua costa, já que a diferença de altura era notada. César virou-se de frente, e a olhava sério, diferente de Soraya que estava com um belo sorriso no rosto.

Devagarinho Soraya foi se aproximando de seu amado, o mesmo que só observa os movimentos de sua esposa. Soraya o segura pela nuca e o beija, ficando nas pontas de seus pés, beijo esse que não fora de imediato correspondido por César.

Ela foi intensificando, até que César corresponde aquele ato, suas mãos param na cintura de sua esposa, apertando-a contra seu corpo. Continuaram se beijando por volta de 70 segundos, cessaram o beijo por falta de ar. Soraya toma a iniciativa de falar.

-percebi que cê saiu da sala chateado, por não ter correspondido muito ao beijo, desculpa, tá?- Soraya fala com os olhos ainda fechados e sua cabeça um pouco erguida, por causa da diferença de altura.

-não precisava ter tido pena de mim e ter vindo até aqui só para me beijar.- César diz com sinceridade.

-sinto pena sim, você é tão cuidadoso e romântico comigo e, eu sou assim. Quase não dou atenção igual cê dá pra mim, me sinto uma pessoa horrível por isso.- Soraya fala com um tom de pesar.

-eu cuido e sou romântico com você porquê eu te amo! Sempre irei te amar, sei e entendo, mas eu não ligo se cê não me dá atenção. Ser presidente do Brasil é uma responsabilidade enorme, nunca irei cobrar nada de você.- Soraya já estava com os olhos marejados pela fala do homem -fiquei um pouco chateado sim, não posso negar, sempre que eu tentava prolongar o momento, cê se afastava.

-cê fala com tanta certeza que eu sou a nova presidenta do Brasil, parece que até já sabe o resultado kkkkkk- falo e ele sorrir.

-é porquê você vai ganhar. Tenha fé, acredite assim como eu acredito- César fala beijando a bochecha da menor.

-acredito, me desculpa, tá? Prometo pra você, que vou tentar me tornar uma esposa melhor, que possa te dá a atenção que você merece. Te amo de todo meu coração!- Soraya fala e enquanto César enxugava as últimas lágrimas da mesma.

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