CAPÍTULO 7

262 33 21
                                    


*Pov Soraya*

Logo César fechou a porta e vai direto para a cozinha. Estou tentando não desabar em lágrimas, ele volta para a sala e olha para mim, agora ele está olhando nos fundos dos meus olhos marejados.

-a gente precisa conversar.- eu falo e ele assente se sentando no sofá ao meu lado.

-pode falar, sou todo ouvidos.- César fala e noto seus olhos cheios de água.

-o que aconteceu com a gente César?- falo e ele respira fundo.

-não sei, nos afastamos.- César diz com sua voz embargada.

-porquê nos afastamos? Aonde erramos?

-vou ser sincero, nós começamos a nos afastar quando você entrou na política, sempre estava ocupada, mas eu não te culpo, eu também fui me afastando, o trabalho nos afasta.- César diz e balanço a cabeça positivamente.

-eu sei que a culpa é minha...- fui interrompida por ele.

-a culpa não é sua, a culpa não é de ninguém, estamos vivendo um momento em que trabalhamos todos os dias, você não tem culpa.- César diz e não consigo conter as lágrimas.

Logo ele me envolve em seus braços em um abraço que eu daria tudo para que durasse para sempre, mas infelizmente, tudo que é bom, dura pouco.

-vá descansar, foi um dia longo pra você. Amanhã conversamos.- César diz parando de me abraçar.

-não! Temos que conversar agora, não quero dormir de mal com você, não consigo.- falo enxugando as lágrimas do meu rosto.

-amanhã conversamos, não quero brigar com você a essa hora da noite.- César fala se levantando.

Logo quando vi ele se levantar, eu imediatamente me levantei mas, me sentei novamente quando sentir uma tontura. Levo minha mão à minha testa e fecho os olhos com força, na tentativa da tontura parar.

-o que aconteceu? Cê tá bem?- César me pergunta preocupado.

-fiquei tonta quando me levantei, mas tá tudo bem.- falo e ele assente.

-você quer água?- ele fala e sorrio com seu jeito preocupado.

-quero.- falo e ele vai rapidamente para a cozinha.

Ele volta com um copo d'água e me entrega, levo o copo á minha boca, fecho os olhos e bebo toda a água. Entrego o copo para César que pega.

-vamos terminar a nossa conversa amanhã pela manhã. Cê consegue andar até o quarto?- digo que sim e me levanto mas me sento outra vez no sofá com a tontura.

-parece que você não vai conseguir.- César fala e sorrio sem graça para ele -quer que eu te leve?

-não vai ser incomodo para você me carregar?- pergunto e ele faz que não com a cabeça.

Eu entrelaço minha pernas na cintura dele e afundo minha cabeça em seu pescoço cheirando seu perfume. Seus braços ficaram rodeando minha cintura. Afasto minha cabeça e olho nos olhos dele, ele me olha nos olhos e ficamos alguns segundos assim.

Olho nos lábios dele, e devagarinho vou aproximando meu rosto do dele. Colo nossos lábios em um beijo calmo sem movimento, logo movimento minha boca e que por sorte ele também movimenta.

Minha língua pede passagem que ele logo cede. Quando nossas línguas se tocam, um gemido escapa de nós dois ao mesmo tempo. Separamos nossas bocas por falta de ar.

Chegamos ao quarto, César abre a porta e entramos comigo ainda com minhas pernas entrelaçadas a cintura dele. Beijo ele de novo, um beijo mais quente, com o desejo que nós dois estamos sentindo. Minha língua explora cada canto da boca dele.

Tudo por nósOnde histórias criam vida. Descubra agora