Tudo por nós

CAPÍTULO 36

VOLTEI POVO LINDOOO!!😃

Espero q gostem🙃

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*Pov Soraya*

-não acredito César…- digo com meus olhos marejados mas uma raiva consumia todo o meu ser.

-me perdoa querida…por favor.- pede César quase chorando.

Eu já estava em casa, tivemos uma leve discussão no hospital, no dia em que ele voltou para Brasília, por conta da sua falta de responsabilidade.

Agora, ele mesmo tinha me contado que me…TRAIU! Quando as palavras saíram da sua boca, eu me senti…insuficiente. Uma idiota por acreditar que ele me amava.

-eu nunca fui o suficiente não Carlos César?! Você foi um completo idiota! Perdeu o nascimento dos SEUS filhos, e ainda por cima me traiu!- digo quase gritando.

-eu…me perdoa por favor…eu te amo.- diz baixinho mas mesmo assim consegui ouvir.

-sai daqui César…- fecho meus olhos apontando para a porta.

Quando abri meus olhos, ele já estava perto da porta, e saiu, aproveitei e desabei no choro. Como ele pôde?! Um homem que dizia me amar?! Minha vontade é de gritar, gritar até não aguentar mais, gritar para a cidade inteira ouvir.

Peguei um travesseiro e o abracei, me levantei devagar, por conta dos pontos da cirugia, fui até o closet andando devagarinho, eu queria parar de chorar, eu queria sumir, sumir pra qualquer lugar, sumir da minha vida. Peguei um frasco de calmante, o abri e coloquei uma boa quantia na palma de minha mão.

Veio logo cinco, os encarei, pensei na minha vida toda ao lado dele, pensei nos meus filhos, pensei na Déborah, no seu fim trágico, ela não merecia ter morrido. Pensei em tudo que eu já vivi, e quando eu ia colocar todos os comprimidos de uma só vez na minha boca, minha mãe apareceu atrás de mim e segurou minha mão impedindo de que eu os tomasse.

-querida! Não faz isso!- estava sem reação, senti ela pegar da minha mão os comprimidos e o frasco, e sair com eles do closet.

Fiquei alí, calada, sem reação alguma, apenas olhando para um canto qualquer. Senti uma mão em meu ombro, e virei minha cabeça lentamente, era mamãe, minha vista estava embaçada mas ainda conseguia ver minha mãe.

-por que você ia fazer isso?- ouço mamãe perguntar mas não conseguia falar nada. -não vou dá bronca em você…mas lembre do que aconteceu no passado por conta desses remédios.

-eu só…só quero sumir…- começo a chorar novamente.

-oh meu amor…tudo vai ficar bem…- mamãe me abraça e eu descanso minha cabeça em seu ombro.

-por que ele fez isso comigo mãe? Eu não sou o suficiente pra ele?- mamãe nos guiou para a cama e me fez deitar.

-eu não sei minha filha…a carne é fraca…a cabeça não dele não pensou na hora…você é o suficiente e mais um pouco meu amor…linda, inteligente, forte…você é tudo isso e muito mais!- sinto ela fazer um carinho em meu cabelo.

-eu não quero ver ele nunca mais na minha vida.- minha voz saía baixa, mas continha raiva.

-queria muito dizer que você nunca irá ver ele, mas…vocês ainda tem de conversar sobre os seus filhos…como vai ficar e enfim…sabe que precisa dele, né? Eu não vou ficar muito tempo aqui em Brasília, tenho muitas coisas para resolver em Campo Grande…

Fiquei em silêncio com sua fala. Mamãe está certa, temos que conversar sobre os nossos filhos, apenas sobre isso. Nossa história acabou e eu não pretendo rescrever.