Morte súbita.

"pro cara que me deu a vida, e me tirou ela"

"E só agora, O homem chora
E quando o homem chora
Precisa, pedir o seu, último perdão"

meu pai era uma praga, se achava acima de todos, tinha sempre razão, era o rei, a última bolacha do pacote. e quando falava não parava mais, e eu só desejava que ele fosse mudo, quantas vezes minha mãe me mandava ir atrás dele no bar, quando criança, e ele sempre dizia "eu já vou" e nunca ia, talvez por isso que eu não acredite tanto nas palavras das pessoas.
eu tinha até ódio de ter que trazer minhas amigas em casa, no outro dia ele iria desejar todas elas, como um cão nojento, e não, eu não podia confiar em você, vc me apunhalava pelas costas sempre que podia(sempre)

  todos amores que a vida me trouxe eu não pude viver,  você era egoísta, acho q sempre pensou que "se a vida não foi boa comigo, as dos outros tbm não vai ser" e a desculpa era sempre "acha que um pai quer o mal de uma filha?" vc nem percebeu que vc me fazia mal, quando eu só queria viver, conviver com meus amigos, amar quem eu amo.
aproveitar os meus poucos momentos da vida, com o meus amigos eu me sentia viva, mesmo sabendo que quando eu voltasse pra casa, teria que ouvir vc falando merda sem parar.
   minha mãe nunca conseguiu se livrar de vc, e a desculpa que era sempre por causa de mim e do meu irmão

"você já viveu querendo fugir do mundo? já sentiu que não pertencia mais, que está tão quebrado que a única coisa que deseja é um lugar que não doa."

eu acho que não, pois você é o próprio caos, aquele que faz o mal pro outro, e não sente nenhum tipo de remorso, uma pessoa sem coração, fria, já disse egoísta?
acho que a única coisa que importava pra você era o dinheiro, e acha que isso vai resolver toda a ausência que vc me causou
   sempre peço pra Deus, perdão, por sentir tanto ódio de você.
não, eu não quero lagrimas sobre esse pedaço de madeira, que com o tempo a imunidade da terra irá apodrecer, não quero lamento sobre um corpo que já não tinha vida,por ironia do destino a paz que eu desejava eu só encontraria em baixo da terra, a sete palmos de todo esse mundo cruel e dos seus conselhos egoístas