Capítulo 6 - Iminente

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"Como ele é?".

"Não muito diferente de você–quer dizer, tirando o humor estranho, vocês são bem parecidos".

"Ele ou eu tem um humor estranho?".

"Eu preciso mesmo responder?".

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.

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Sarada não sabia quanto tempo ficara parada encarando o perfil desacordado de Kakashi-sensei.

As feições serenas em seu rosto mostravam que ele estava somente em um sono profundo, sem pesadelos, mas Sarada sabia muito bem o que um Tsukuyomi podia fazer com a mente da vítima.

Enquanto que para ela poucos minutos se passavam, na mente de Kakashi, meses, talvez anos se passavam. Era uma tortura psicológica que ela não desejava para ninguém, e nem mesmo Sarada se imaginava usando tal jutsu em um inimigo.

Quem dirá para um compadre da Aldeia da Folha.

Apesar de entendê-lo... não consigo ignorar quão seus métodos me incomodam.

Sarada tivera a oportunidade de ficar algumas horas conversando com seu único tio por parte de pai. Sempre lhe fora uma curiosidade, talvez, por nunca ter conhecido ninguém da família de seu pai.

"Ugh...", um resmungo de Kakashi a fez se levantar imediatamente, mas quando notou que ele não acordaria, Sarada sentou-se novamente no banquinho ao lado.

Era tarde da noite, e Sarada sabia que a versão mais nova de sua mãe não acordaria tão cedo, não depois do dia conturbado que tivera.

Aquele dia em específico, fora um dia um pouco triste para Sarada, mesmo sabendo que era necessário o que ela fizera, e o que estava prestes a fazer.

Pela primeira vez em dias, Sarada não se preocupava em ser pega no flagra, ou sua mãe notar sua ausência no colchão ao lado. Sakura, naquele momento, nunca reconheceria Sarada se a visse novamente.

O que reconfortava Sarada era de que logo ela voltaria para casa, e sentiria-se totalmente a vontade de dizer à sua mãe quão amigas elas ficaram em pouquíssimos dias.

Sarada pegou-se sorrindo – quando pensou exatamente o que sua mãe lhe diria.

Sem dúvida ela me diria que é uma pena que ela não recorda dessas lembranças...

"Fique bem logo, Kakashi-jisan, preciso me despedir antes de fazer você me esquecer também", ela murmurou baixinho, a voz triste.

Com um suspiro pesado, a versão mais nova de seu pai novamente lhe veio à mente. Era impossível esquecer-se de vê-lo tão pertubado e tão machucado como ela vira na tarde daquele dia.

Como ela suspeitava, ele realmente fora atrás de seu tio, e como consequência, havia sido cruelmente maltratado e jogado em um Tsukuyomi assim como Kakashi há dois dias atrás.

Agindo sem pensar, Sarada rapidamente se retirou pela janela do quarto hospitalar de Kakashi, e subindo mais 3 andares pelo lado de fora, adentrou na janela onde seu pai estava internado.

Como no início da tarde, e diferente das feições serenas de Kakashi, as feições da versão mais nova de seu pai não estavam relaxadas, mas franzidas, como se ele estivesse sofrendo com o que quer que ainda estivesse passando em sua cabeça.

Papa...

Aproximando-se devagar, Sarada ficou próxima de sua cama. O quarto estava escuro, sendo que uma pouca luminosidade vinha pela fresta da porta por baixo, e também pela cortina que acabara de ser entreaberta pela mesma ao adentrar no quarto pela janela.

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