capítulo 4

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Narradora

Já tinha se passado algumas horas, e eles ainda estavam naquele barzinho.

Levemente alterados, eles dançavam, bebiam, e até chegaram a cantar. Maldito karaokê.

Antônio tinha ido se juntar aos amigos na "pista de dança", mas não ficou muito, já que dançar não era muito a praia dele, então resolveu ficar sentado, apenas observando.

Mas, diferente dele, Amanda era incrível dançando, e isso era muito... muito hipnotizante. Um pouco mais de segundos a observando e você já estaria totalmente perdido nela.

Era assim que ele se encontrava.

Não conseguia tirar os olhos dela, e isso estava deixando-o maluco.

Ele sabia que ela não cederia fácil. Não mesmo. E se fosse qualquer outra mulher ele não insistiria, com toda certeza, partiria para outra.

O problema é que com outra mulher ele sequer precisaria pedir. Já com ela, ele estava praticamente rastejando.

Talvez tenha sido isso que o atraiu. 

Ou novamente, por puro ego.

- Porra, que susto do caralho!! - Ouviu Amanda esbravejar assim que saiu do banheiro e deu de cara com ele, esperando-a do lado de fora.

- Tá assustada? - Antônio perguntou, já se aproximando lentamente dela, o que estava fazendo a mesma ir se afastando na mesma medida.

- Por mais que você seja gostoso, ver você parado na porta do banheiro igual um fantasma psicopata assustaria qualquer pessoa.

Ela falou, rapidamente, sem ao menos processar as palavras que saíram de sua boca.

- Eu ouvir um elogio? - Ele perguntou, com um sorrisinho convencido no rosto.

- O que?

- Você me chamou de gostoso.

- Chamei?? Não chamei.

- Chamou sim, que eu ouvir.

- Não chamei.

- Chamou.

- Porra, vai tomar no cu!! E se eu te chamei mesmo, porque está surpreso? Aposto que várias mulheres já falaram isso pra você, e sua autoestima e ego são tão altos que eu é quem estar supresa por você está surpreso.

Amanda sempre do tipo de pessoa que se estressa fácil. E Antônio... bom, ele tinha a facilidade de lhe irrita-la sem fazer o mínimo de esforço. Qualquer palavra que saísse da sua boca a irritava.

Talvez seja algum tipo de defesa da parte dela; tentar convercer a si mesma que precisava se irritar com ele, que precisava "odia-lo" pra não ser igual as outras e cair no seu papo furado, terminando a noite em um quarto, tentando recuperar o fôlego depois do sexo quente e agitado. Porque... nossa, com certeza ele transava bem pra caralho!

Ela até entendia essas mulheres. Ou tentava entender. Não era muito difícil se derreter por aquele sorriso.

O filho da puta era um gostoso e tinha um sorriso que faria qualquer uma ter vontade de ir pra cama com ele.

Droga.

Agora Amanda tinha perdido a linha de raciocínio e só conseguia pensar no quão bom seria ser fodida loucamente por ele. Ela sequer percebeu quando ele chegou tão próximo de sua boca, que já podia ouvir a respiração em sua pele.

Piscando algumas vezes, tentou voltar ao eixo e se afastar dele, mas sentiu suas costas batendo contra a parede.

- Tá fugindo de mim?

sensation || docshoe [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora