Capítulo 01

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Pov

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Pov. Becky

Consegui alugar um apartamento com excelente localização em San Francisco e um preço muito bom. Queria recomeçar depois da morte repentina da minha namorada, pois não consegui mais viver sozinha na nossa casa. Estaria fugindo da minha antiga vida? Talvez sim. Mas estava na hora de recomeçar, deixar o passado para trás e seguir em frente. Demorei para aceitar esse novo começo, mas antes tarde do que nunca. Admito que na antiga casa, eu era quase um zumbi. Não saía para nada, ia do trabalho para casa e da casa para o trabalho. Talvez não mude completamente, afinal, essa é a minha vida.

Assim que cheguei do trabalho, resolvi tomar uma cerveja, como sempre. Não que seja uma alcoólatra, mas tinha o costume de tomar uma ou duas garrafas. Quando estava abrindo uma cerveja, vejo uma mulher na minha frente.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA — gritamos juntas, e derramei a cerveja em mim.

— Não tem nada de valor aqui — disse a mulher — Não tem dinheiro, nem droga.

—  Eu não quero roubar nada.

— Escuta, sei que tem um abrigo para sem-teto aqui perto. Dou dinheiro para o táxi e uma boa refeição, mas por favor, não vai gastar em mais cerveja, tá?

— Eu não sou sem-teto — respondo — Eu moro aqui.

— Espera, você não pode morar aqui. Porque eu moro aqui, esse é o meu apartamento.

— Desde quando? — perguntei, estranhando.

— Desde que aluguei — respondeu.

— Você alugou?

— Sim.

— Não estou acreditando nisso — resmunguei.

— O quê? — ela perguntou.

— O golpe do aluguel, né?

— Do que você está falando? - ela perguntou.

— Não entendi. Deve ter mais 5 pessoas que fizeram o depósito e pegaram as chaves.

— Trouxeram tudo o que tinham?

— O quê?

— Essas coisas são minhas — ela é aponta para os móveis. — Tudo isso é meu: o sofá, a mesa — isto aqui é uma mancha. Não conhece descansos de copos? Ou lata de lixo? Por falar nisso, escuta aqui, não quero saber quem você é, mas vai ter que limpar. Vou pegar o balde, tem uma porca morando na minha casa — ela disse indo para outro cômodo.

— O quê? — perguntei, para ter certeza de que ouvi.

— Uma porca.

— Quando se mudou? — procurei por ela pelo cômodo do apartamento em que ela foi, mas ela não estava mais lá. Olhei para outros lados e nada. — Olá? — e nada.

Tudo indica que tudo isso foi um engano. Então resolvi trocar as fechaduras do apartamento para não ter mais nenhum hóspede surpresa. Espero não encontrar essa mulher. Tomei meu banho, fiquei enrolada na toalha, aproveitei também para escovar meus dentes. Como tomei banho quente, o espelho estava embaçado, então o limpei com a mão. Mas escutei a voz daquela mulher de novo, dizendo "Mandei você sair". Claro que levei um susto, olhei para trás e nada dela. Estava ficando louca. Me arrumei e fui à cafeteria encontrando uma amiga.

E Se Fosse Verdade - [Freenbecky] - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora