E Se Fosse Verdade - [Freenbecky] - Concluída

Capítulo 02

Pov. Becky

— Ei, desculpa! Ligar assim... aqui é a Rebecca Armstrong — disse, fechando a porta do apartamento. — Queria uma informação: quem foi a última moradora desse apartamento?

— Não entrou muito em detalhe. A única coisa que sei é que houve uma tragédia na família.

— Então, ela morreu?

— Você tem que torcer. É o único jeito de conseguir ficar com esse apartamento de vez.

— Não foi bem por isso que liguei, mas obrigada do mesmo jeito — disse, desligando o telefone.

Procurei a opinião de um médium, mas ele falou tantas coisas que não entendi. Para ser sincera, não ajudou em nada; parecia que ele estava zoando com a minha cara, em vez de querer me ajudar. Provavelmente, ele poderia ser um golpista, querendo se aproveitar do desespero humano. Coitados das pessoas que caem nessa! Elas ficam tão desesperadas e com tanto medo que são capazes de tudo. Mas o médium mandou procurar saber o que um suposto fantasma queria comigo. Não é assim que os filmes de terror começam? A mulher bonita se comunica com um fantasma e, no fim, ela acaba sendo possuída. Esse médium pensa que nunca assisti um filme de terror? Mas resolvi comprar um livro ensinando como espantar os espíritos da casa. Vai que essa mulher trouxe alguns amigos espíritos aqui também. Além disso, possivelmente, eu poderia ser possuída por esse fantasma maníaco por limpeza. Correria grande risco de ser possuída pelos amigos fantasmas dela. Vai saber que tipo de amizade ela andou fazendo.

— Espíritos, despertem! — disse, jogando água benta. — Espírito que parte, espírito sem medo, espírito vai embora, espírito vai para a luz! — continuei jogando água benta pelo apartamento. — Você está aqui? — perguntei, olhando em volta do apartamento. — Por que acho que você ainda está aqui? — perguntou, olhando em volta para ter certeza. — Estou com uma caneca quente, vou colocar na mesa sem porta-copos — disse, indo colocar

— Não faz isso! — ela apareceu de novo.

— Ai, que raiva! — resmunguei. — Essa é a última coisa que queria fazer, mas não tenho escolha. Precisamos conversar.

— Conversar? Sério isso? — ela perguntou, com os braços cruzados.

— Sim — respondendo, colocando a caneca em cima do porta-copos na mesa. — Você não acredita que tem algo esquisito na sua vida nesses últimos dias?

— Sim, tenho uma invasora na minha casa, isso sim que acho esquisito.

— Não sou não — responda. — Aluguei, sim, esse apartamento. Vamos recomeçar, como dois adultos. Não nos apresentamos direito. Oi! Sou Rebecca Armstrong, e você?

— Sou a... — ela olhou para o lado. — Freen. Sou a Freen.

— Você não sabia disso. Teve que ler — falei, ao perceber que ela estava lendo um nome pequeno na parede. Para falar a verdade, nem tinha percebido esse nome escrito.