O Vampiro e seu Bruxo

Capítulo 3

- Meus pais querem saber quando vão te conhecer. - Julian fala me beijando levemente meus lábios. - Vai ter uma pequena reunião de família hoje a noite, você quer ir?

Me sento do outro lado da mesa com calma, o sol estava no alto lá fora e eu me sentia extremamente cansado ainda, bebo um pouco da agua que esta na taça encarando a perfeição de homem que esta a minha frente, Julian espera calmamente uma resposta minha e sei que ele não vai me forçar a ir caso eu não queira mas creio que já esteja mais que na hora de conhecer sua família.

- Será que vão gostar de mim? - fico com receio desse assunto, já havíamos conversado sobre esse assunto antes e Julian nunca havia apresentado um namorado antes para seus pais, em toda a sua existência eu seria o primeiro.

- Vai dar tudo certo Sam, estamos juntos a quatro meses. - Julian fala e eu sei que ele estava certo. - Estamos quase sempre juntos, só nos separamos quando esta em missão ou eu tenho que ir para alguma filial, mas fora isso é na sua casa ou na minha que dormimos ou fica juntos.

Ele rir e eu acabo rindo junto lembrando de Maicon, meu amigo que eu dividia o apartamento, algumas das vezes que dormimos no meu apartamento ele reclamou do barulho que fizemos durante a noite, logico que ele foi bem tímido ao relatar que escutou nossas brincadeiras noturnas e Julian e eu ficamos bem acanhados de inicio mas no fim estávamos todos rindo durante o café da manhã. Por isso hoje em dia passávamos mais tempo em seu apartamento do que no meu.

- Não posso continuar a fugir, tenho que conhecer meus sogros e meus cunhados, que horas? - questiono respirando calmamente e bebendo mais agua da taça que logo é reenchida por um dos ajudantes de garçons. - Quase cinco na verdade, fazemos aniversario daqui a oito dias.

Julian rir segurando estende a sua mão por cima da mesa, a seguro e aperto sentindo segurança com seu toque. Eu me sentia extremamente confortável em sua presença, com seus toques e carinho, eu me sentia em sua orbita e ele já havia me falado que sente o mesmo quando esta perto de mim, então eu só poderia deduzir que sempre esteve nos planos da grande deusa nos unir dessa forma.

- Umas vinte horas na casa dos meus pais. - ele fala entrelaçando nossos dedos. - Você pode ir lá pro apartamento e descansar, deixo você lá e sigo para a empresa para continuar minha escravidão. Quando terminar as coisas vou direto pra casa e podemos nos arrumar juntos para e seguir pra lá. Você será bem recebido, mas se prepare pra caso minha avó esteja lá pois ela ama um teatro e esta surtando por eu estar namorando um bruxo, ela é louca por status social mas não há o que se esperar de uma mulher que tem quase dois ml anos.

- Eu espero que não aja mal estar, quero muito me dar bem com sua família e tentarei ao máximo não ser rude com sua avó por qualquer coisa que ela faça. E sim amor seria ótimo eu ir para o apartamento, quero descansar, cheguei de madrugada da minha ultima missão. - falo me sentindo exausto. -  Quero tomar um ótimo banho, poder limpar toda a sujeira de debaixo das unhas e lavar todo meu corpo decentemente, acho que deve ter sujeira impregnada no meu cabelo.

- Posso perguntar por onde era. - ele me pergunta com graça, já virou um habito ele perguntar sobre minhas missões mesmo sem que eu pudesse responder.

- Exterior, é tudo o que posso falar. - respondo dando de ombros.

Ficamos em silencio enquanto o garçom serve nossa entrada.

- Proteção? -  ele me pergunta, mas não respondo e só o fico encarando.- Certo, certo. 

Mal terminamos as entradas e o prato principal foi servido, eu havia ficado mal acostumado com indo a restaurantes assim, que tinha entrada, prato principal e sobremesa. Eu tinha uma vida confortável com meu salario militar, mas ir a um restaurante de elite não era algo comum para se fazer diariamente como acontecia desde que eu comecei a namorar Julian. Os livros de historia relatam uma época antes da separação do brasil do resto do mundo, era uma época de fome e miséria para grande parte da população que era quase feitas de escravos pela classe elitizada, quando as barreiras subiram e o Grande rei Eduardo começou as reformas sociais para acabar com toda a desigualdade que assolava nossa grande nação.