O Vampiro e seu Bruxo

Capítulo 5

Acordo na cama e sinto o lado do Julian vazio, viro pro outro lado puxando o travesseiro dele e aperto contra meu rosto, a luz do sol não entra pelas grandes janelas do quarto pois as cortinas pesadas impediam da luz passar. Puxo o controle que estava na mesinha de cabeceira e aperto o botão que o faz as cortinas abrir, me espreguiço na cama e preguiçosamente me levanto da cama e sigo para o banheiro tomar um banho relaxante e depois me visto com uma roupa bem folgada que tinha o cheiro de Julian. 

Desço as escadas calmamente e vou direto pra cozinha, a cafeteira esta ligada e pela metade, tem alguns pães dentro do cesto, pego algumas coisas dentro da geladeira e preparo meu café da manhã. Estou na metade do segundo pão quando escuto batidas leves na porta mas elas se espalham por todo o apartamento, minha pele vibra com a magia e meus pelos todos ficam arrepiados. Deixo minha mão solta ao lado do meu corpo mas minha magia se agita entre meus dedos pronta pra atacar.

- Olá Saimon, estava a sua procura. - a voz masculina fala do outro lado da porta antes mesmo que eu a abra. - Não precisa desenvolver sua magia para me atacar, seria inútil e uma perca de tempo. Eu sou um parente, um primo, por parte do seu pai. 

Abro a porta mas não paro de desenvolver minha magia que se acumula.

- Como me encontrou? - pergunto analisando seu rosto, sua expressão era neutra mas dava pra ver algumas linhas de expressão que apresentava que ele gostava bastante de sorrir.

Ele usava um terno de três peças que se ajustava bem ao seu corpo, mas não marcava a ponto de saber se ele seria musculoso ou só parrudo, seus olhos eram de uma cor de bronze como os meus e os do meu pai. Seu rosto tinha uma simetria impressionante, ele aparentava ter uns 35 anos, não muito mais.

- Seu pai me deu o endereço do seu noivo, então vim aqui. - ele diz dando de ombros. - Posso entrar?

- Mas como você passou pelo porteiro? Ele não me interfonou pra sua entrada. - falo abrindo mais a porta e liberando a sua entrada.

- Por favor, pare de acumular tanta magia na sua mão, você pode perder o controle. - ele diz passando ao meu lado. - Não quero problemas só quero conversar, estou tentando concertar os erros do pai do seu pai, que é irmão do meu.

- Esta certo, eu estava merendando primo, quer me acompanhar? - pergunto enfatizando ao chamá-lo de primo.

- Ah sim certo, desculpa. Me chamo Balerion, e sim minha mãe era muito fã de GOT. - ele fala parado a pouco mais de três passos de distancia de mim. 

Ando ate a cozinha e aponto para um dos bancos do balcão e ele prontamente se senta nele, pego mais uma xicara no armário e sirvo café para ele.

- Sabe, eu também sou um bastardo como seu pai. - ele fala e começa a beber o café. - Esta muito bom. A diferença foi que o merda do meu pai sempre esteve no meu pé pelos motivos dele que futuramente você saberá. E enfim, eu quero trazer você para mais perto da família e já conversei bastante com seu pai, na verdade eu sempre tive um pouco de contato com ele, mas como viajo muito e o tempo passa de forma diferença em cada...

- Fuso horário? - falo pois percebi que ele estava procurando a palavra.

- Isso, o fuso. Eu quero me aproximar de você, quero te ensinar mais sobre a magia da nossa família eu sinto que você tem muito potencial. - ele fala pegando na minha mão de surpresa sem ao menos me dar a chance de recuar, em menos de meio segundo o meu feitiço que esconde minhas tatuagens se desfaz completamente. - São menos do que eu esperava. 

Sua expressão beirava ao descontentamento ao passar os dedos por cada uma das minhas tatuagens, eu sentia sua magia interagir com a minha e me deu uma sensação ótima, um formigamento e depois minhas tatuagens brilharam em dourado e depois se apagaram mas agora a cor delas parecia que tinha acabado de ser feita. Ele se levantou e retirou o terno e o colocou em cima do balcão, desabotoou as mangas da camisa e as levantou mostrando os braços repleto de tatuagens de diferentes formas e desenhos