capítulo 6

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- você demorou. - é a primeira coisa que Sebastian diz.

- desculpa, estava conversando com o Ciel. - ponho-me em seu lado e começamos a andar.

Um silêncio constrangedor perece por alguns segundos.

- ... Você e Ciel tem estado bem próximos ultimamente. - estranhamente, ele que começa o assunto.

- na verdade, queria conversar com você sobre Ciel.

Ele me olha com a sombrancelha arqueada.

- antes de você chegar, tanto na carruagem tanto na primeira noite que ele dormiu comigo, conversamos bastante. - falo com um sorriso bobo no rosto.

- sobre o que? Achei que não se aturassem. - ele estava confuso.

- eu também. - rio. - mas depois de conversarmos, pude ver um pouco por trás da máscara de pequeno adulto, você entende certo?

Ele confirma com a cabeça, parecendo pensativo.

- por incrível que pareça, ele veio até mim para me agradecer, eu fiz questão de  trata-lo como um filho de verdade dês da carruagem, ele disse que estava grato por isso. - Sebastian estava com os olhos arregalados de surpresa, não o culpo. - e então, disse a ele que todos precisam de carinho as vezes e, mesmo que nosso tempo juntos dure pouco, irei me certificar que tenha todo o carinho que eu puder dar, ele é só uma criança que passou por muita coisas que eu prefiro nem imaginar, eu só quero que ele não precise se portar como um pequeno adulto o tempo todo, que, quem sabe, possa ser quem é, mesmo que por pouco tempo.

Sebastian absorvia cada palavra dita por mim, pensativo e calado, era visível que apesar de calmo sua mente estava agitada.

- você concorda comigo não é mesmo? - o olho. - eu vejo como você o trata, um mero cervo, ainda mais um demônio orgulhoso como você não trataria um humano com tanto zelo.

Ele suspira e faz que sim com a cabeça.

- creio que acabei por adquirir certo... Apego ao jovem mestre.

Rio baixinho, demônio orgulhoso.

- eu conversei com Ciel sobre você. - Ele me olha curioso. - é recíproco.

Um brilho diferente surge nos olhos do demônio, nunca tinha visto nada parecido vindo dele antes, era puro, límpido, e muito bonito de se ver. Meu coração estava quentinho com essa reação.

- se quer minha opinião, acho que não precisa se restringir ao tratamento de servo, seja mais audacioso, transmita esse carinho a ele de forma mais palpável. - olho para ele e vejo que estava prestando atenção. - Ciel estava inseguro sobre seus sentimentos por ele, tinha medo de não ser visto da mesma forma que ele o via, meu conselho é que seja mais claro.

Ele ouve tudo com atenção, parecendo anotar tudo mentalmente, era até fofo de ver.

- e.. como posso fazer isso? - pergunta receoso e até um pouco tímido, o que era adorável.

- uhm... Talvez se conversar mais com ele, mesmo que for trocar farpas como costumam fazer, se manter próximo, isso transmite segurança, claro, não precisa ficar em cima dele o tempo todo até por que esse é meu papel. - solto uma pequena gargalhada e ele sorri.

Ele sorri!

Respira e não surta Grell!

- e-e bom - cosso a garganta me recompondo. - acho que você pega o jeito na prática.

Ele faz que sim com a cabeça ainda com um pequeno sorriso no rosto.

Ai meu santo Deus da morte, minha pernas já estão moles com esse homem sorrio assim, ainda mais tão perto de mim.

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