Cap. 8

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Fui forçada a sair do quarto e ir à sala de janta que sou obrigada a comer a comida de leve e as duas malditas estão lá em volta da mesa jantando e fica fazendo aquela conferida de que tô comendo ou não, só que tem um problema, não consigo comer todo o prato porque isso sempre me enoja. Tem sido desde jovem, que fui vendida como se fosse um saco de pancada, não é de admirar de mãe venda a sua própria filha.

- Sem apetite de novo? - falou Ana, mexendo o seu prato e bebendo o suco.

Revirei olhos e a Kellen, ou melhor, a Krystal me encarou sorrindo como se tivesse dizendo "Pare com isso!", engulo seco e olho o prato.

- Como eu discuti com o pessoal sobre a sua obra, você vai ter que comparecer no tribunal daqui a duas semanas para comprovar que são suas e fará ao vivo, Lily.

Só de ouvir esse nome me dá nojo, já faz dois dias ela me chamando esse nome mesmo que nego e não adianta, já me explicou que descobriu pelo relatório e também pelo suspeito de eu ser a parte da maga ou não sei o que, nem dei bola para ouvir a explicação. 

A Ana estava sentada na minha frente me encarando sem dizer nada e como eu não aguento de ser observada e o pior silêncio por longo tempo, perdi a paciência que reclamei na cara.

- Me diga logo essa porra!

Ela se recuou pra trás encostando na cadeira e suspira profunda - Você não tem noção de paciência, não é? - ela coçou a nuca, fez o movimento de sua mão que o objeto levitou e fiquei surpresa tentando não mostrar e falou o tom calmo - Isso te surpreende?

- Legal... - sinto uma leve de medo

- Realmente não te lembra algo? - Ela ia falar alguma coisa e a Kellen manda ela parar com isso, o fez de volta ao seu lugar.

- Quero que venham ao meu escritório.

Eu nem queria ir e a minha vontade é sair dessa propriedade, sou puxada pela Ana e me avisou que a Kellen não tem paciência tanto a mim, nem quererá ver de como ela é assustadora. Apresso cambaleando por falta de energia e claro que ela me seguro de apoio e entro no escritório.

- Senta aí na poltrona, Lily - a Kellen falou a sua voz rouca. Olhou nos folhetos do esboço e não sei como elas acharam, engulo seco que me olharam inquieta.

- Quero que me explique a essa relação.

- S-senhora Kellen... - olho pro baixo - eu...

- Lily! - ela me cortou com a voz ameaçadora - Olhe nos meus olhos enquanto fala.

- Não te falei? É melhor encarar nela - Ana riu na minha cara.

Senti a raiva pela humilhação dela e também chamando esse nome.

- Primeiro, não me chame Lily! Segundo! Odeio de quem acha as minhas coisas escondidas! - retruquei nelas e ainda falei mais - Não sei porque você fica me chamando esse nome inútil, você acha que me conhece? Não, nem conheço vocês duas. E sobre isso... - hesitei um pouco dos meus esboços devido ao passado que me achava louca.

- Estou esperando, Lily. - Ela ouviu a minha reclamação e ainda assim me ignorou.

- Eu o fiz subconsciência... até nos mesmos sonhos... Pode me achar que sou louca, nem ligo mais. - bufei.

- Não acho que você é louca, pode acreditar. E quanto o nome, por que você o odeia?

- A puta me espancava e me odiava sobre o que eu via o Storm, nas criaturas lá fora e nos desenhos bizarros e me apunhalou dizendo que não sou a sua filha e nem mencionar com esse nome sujo. E foi assim que fui vendida pelo babaca para eu ser o saco de pancada.

As duas se chocaram pela minha história e se entreolharam como se tivesse falando em mente, como desabafei o passado, não aguentei de manter acordada por falta de energia, desmaiei ali em frente delas.

- Ela só ficou sem energia - acordei e vejo o médico de novo explicando a elas - não se preocupe, Krystal. Receio que ela esteja em perigo se não alimentar e hidratar.

Bufei olhando neles e elas me viram que acordei logo, mas pelo olhar delas, parecia satisfeita por algo e observei que estou amarrada nos pulsos e tornozelo, tento remexer e sem sucesso.

- Quando ele terminar, pode tirar a sonda na veia que ela melhorar um pouco e não esqueça de hidratar.

- Sim, doutor. - Krystal coça na nuca suspirando.

- Você não percebe o quanto ela ficou preocupada - Ana sussurrou no meu ouvido - ela gosta de você.

Elas saíram do quarto me deixando sozinha esperando terminar aquilo e com essa agulha, está me fazendo em sentir medo, tento organizar minha cabeça por outra coisa. "Porra" pensava tudo naquilo até que elas voltaram e tirou o soro, mas não me desamarrou, ficou em silêncio por segundos e o Lucas aparece.

- Oi, Danny. Me desculpa pela demora. - vendo ele, quase não reconheci por ele mudar de mendigo para casual e barba bem feito. - Surpresa?

- Sim... - olho pro teto sem encarar neles - me dê explicação.

Questionando a ouvir de todas as explicações em que eles não são moralmente humanos total e sim o ser que habita no mundo dos magos, eu poderia ser a mestiça ou não, não se manifestou pela sua mana, sendo que nunca conheci o pai. Ele contou a elas sobre a minha relação de agulhas, mas não contou o que eu comia o bolo mágico por respeito, descobri o nome da Kellen é, na verdade, a Krystal e pediu chamar esse nome no público por conta da hierarquia da máfia e da sua presença assassina negra.

- Você está bem? - falou a Krystal. Eu tava pensando nos dias anteriores e ela me tirou em transe.

- Posso ir? - olhei nos olhos dela, sabendo que nunca deveria olhar para baixo enquanto falo. - Posso voltar pro quarto, por favor?

- Pode ir, querida. Ah, seu celular está carregada. Está no seu quarto.

- Obrigada - Ouvir isso do meu celular, me deixou animada sem demostrar a expressão - Com licença.

Elas tentam se manter em controle após ver a pequena excitação dela bem na descarada achando que não notaria e ela saiu da sala de jantar e aí desabou o tenso aliviando de relaxar, ao ser confinado pra focar a sua saúde e como ela melhorando um pouco, deixou de liberar o uso, mas o trabalho está fora de cogitação.  Ana verifica os horários do final da semana e constata que há um horário marcado de 23 horas, Krystal pega a pena que estava no móvel e faz levitar brincando nas mãos flutuando numa onda do vai e vem.

– Tenho horário marcado, não é?

– Sim, às vinte e três horas.

Enquanto isso, Lily liga o seu celular e vê todas as chamadas de perdidas, ela lê uns 15 ligações da garota maldita Alisson e deu um pulo da chamada perdida de outra pessoa, pensou por um momento se deveria ligar ou não, limpa a sua garganta e realiza a ligação.

- Boa noite, Senhora Deusa.

- Olá, minha Trufinha! - quando ouviu a sua voz, seus olhos começam a encher lágrimas.

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⏰ Última atualização: Sep 15, 2023 ⏰

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